O Big Data já desempenha um grande papel na sociedade, mesmo que ainda não nos atentamos a isso.
Estamos no início da quarta revolução industrial e veremos novos avanços em áreas como Inteligência Artificial, robótica e Internet das Coisas. Não é exagero dizer que a introdução de tecnologias como automação, Computação em Nuvem e Realidade Aumentada, no gerenciamento de fábricas, afetará todos os processos nas próximas décadas. A taxa atual de inovação na fabricação é sem precedentes, ao ponto de muitos rotularem essa era como a Quarta Revolução Industrial - ou Indústria 4.0.
Para gerentes de fábrica criados em processos manuais, essa mudança pode parecer negativamente prejudicial - os gerentes são otimistas, porém têm cautela. Também estão um pouco adversos para dominar novos processos.
Outra área de crescimento tecnológico nos últimos anos tem sido o Big Data. As empresas de cartão de crédito rastreiam e coletam todos os tipos de dados sobre os consumidores, como: o que compram, como compram e quando fazem suas compras.
Os smartphones são outro elemento importante para o Big Data, porque também podem rastrear dados de compras, bem como dados sobre o consumo de mídia e até mesmo sua localização ao longo do dia.
Com tantos dados disponíveis, que papel terá na próxima 4ª revolução industrial? Vamos entender o que é essa revolução e qual o papel do Big Data nesse contexto:
O que é a 4ª revolução industrial?
Para compreender a 4ª revolução industrial, é importante compreender as três que a precederam. A revolução industrial original ocorreu nos séculos XVIII e XIX e envolveu inovações como motores a vapor e produção mecânica. A segunda revolução industrial surgiu no final do século XIX e pouco antes da Primeira Guerra Mundial. Incluía avanços como o telégrafo e as máquinas de costura industriais. Sem falar nas inovações no entretenimento como o audiovisual.
No final dos anos 1970, você tem a terceira revolução industrial - um período que trouxe novidades como a internet e os smartphones. Foi o início de uma transformação do analógico para o digital e que estamos acompanhando em tempo real.
A 4ª revolução industrial está acontecendo hoje e herdou resquícios da terceira. Sua ideia, portanto, é ainda abstrata. Temos que saber que ela envolve um futuro no qual a Inteligência Artificial permite que máquinas de todos os tipos se comuniquem e aprendam umas com as outras, uma ideia que poderia ter um enorme impacto na produção.
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A força vital da Indústria 4.0
Qual seria o papel do Big Data nesse processo? A resposta é: ele será vital para a 4ª revolução industrial. Na manufatura, por exemplo, melhorias e eficiências na análise de Big Data devem trazer bilhões de dólares para a indústria nos próximos cinco anos.
É importante notar que o Big Data pode proporcionar perdas de emprego à medida que máquinas autônomas assumem tarefas que os humanos desempenharam durante anos. Por outro lado, uma série de novos empregos serão criados quando se trata de aproveitar o poder dos dados e usá-los de maneira eficaz.
O Big Data já desempenha um grande papel na sociedade, mesmo que ainda não nos atentamos a isso. O Big Data já é usado para segmentar publicidade com base em fatores, incluindo idade, sexo, hábitos de compra e localização. As empresas dizem que usam esses dados em um nível agregado e anônimo, mas a tecnologia está lá para direcionar a publicidade para os usuários.
Além da indústria de manufatura
Ao longo da história, as revoluções industriais foram muitas vezes julgadas pelo seu impacto na produção e fabricação de bens e produtos. Isso não é diferente com a iminente Indústria 4.0, mas afetará muitos outros setores também.
Em um exemplo, uma empresa no Chile usa Big Data e Machine Learning para prever a probabilidade de os clientes individuais poderem pagar os empréstimos. Há 30 anos isso ainda não era possível. Agora, com informações como o histórico de crédito automotivo, contas de serviços públicos e dados do censo, combinados com a aprendizagem preditiva de máquina, esse processo pode ser quase instantâneo.
Big Data e a Internet das Coisas (IoT)
Grande parte da 4ª revolução industrial é a maneira pela qual todos os tipos de máquinas e dispositivos interagem, comunicam e aprendem uns com os outros. Nesse estágio inicial, é semelhante à Internet das coisas, ou IoT - o conceito no qual objetos do cotidiano, como carros, refrigeradores, TVs, fornos e sistemas de segurança residencial, estão todos conectados à Internet e não precisam da intervenção humana para se interligarem.
Além disso, há uma parte de Inteligência Artificial que otimiza o tempo das pessoas ao tomar as decisões por elas. As tecnologias facilitam a vida e até mesmo criam novas oportunidades de negócios.
Uma visão otimista do futuro sugere que Big Data, Machine Learning e AI poderiam criar uma sociedade na qual todos vivam com luxo. E como os humanos não precisam se preocupar em fazer o trabalho pesado que as máquinas assumiram, eles podem se concentrar em outras tarefas que são exclusivamente humanas, como: invenção, arte, ciência e exploração.
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