Acompanhe as tendências que podem impulsionar o metaverso, tecnologia que promove ambientes virtuais imersivos e que está em alta nos últimos meses.
O metaverso é uma das principais apostas tecnológicas para o futuro. A popularização do termo aconteceu, principalmente, depois que importantes figuras da área de tecnologia anunciaram seus investimentos nesse espaço virtual – como Mark Zuckerberg, um dos principais entusiastas.
Essa inovação que promove espaços virtuais compartilhados, unindo elementos do mundo real com o digital, nem mesmo pertence a um único fornecedor.
Em razão disso, para que esses ambientes cibernéticos realmente existam e funcionem, é preciso utilizar múltiplas tecnologias e tendências, como Realidade Virtual (VR) e Realidade Aumentada (AR), Internet das Coisas (IoT), 5G, Inteligência Artificial (AI) e várias outras.
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Embora o metaverso e a busca para se adequar a ele esteja em alta nos últimos tempos, o Gartner acredita que deve levar mais de 10 anos para ele realmente estar disponível para os usuários. Além disso, para a consultoria de TI, o metaverso passará por três fases: emergente, avançada e madura.
Até 2024, as oportunidades serão limitadas e o mercado começará a explorar e experimentar inovações para promover os ambientes virtuais. Entre 2024 e 2027, surgirão mais oportunidades diretas para o metaverso. No entanto, é a partir de 2028 que o potencial do metaverso se tornará muito mais claro e fácil de gerenciar – tanto para organizações quanto para usuários individuais.
Independente dessas três fases, o Gartner destaca algumas das tendências tecnológicas que podem ajudar a impulsionar essa tecnologia. A seguir, descubra quais são elas:
5 tendências que podem impulsionar o metaverso
1. Jogos virtuais
O metaverso está diretamente ligado a metodologias e tecnologias usadas nos jogos virtuais. Visando expandir as interações para um espaço virtual imersivo, a inovação aproveitará inúmeros elementos como avatares, atualizações de mapas, simulações e muito mais.
Similar aos jogos de entretenimento, as empresas contarão cada vez mais com os chamados "serious game", plataformas criadas especialmente para promoverem treinamentos, reuniões e atividades corporativas nos ambientes virtuais.
Segundo previsões do Gartner, esse mercado de "serious game" crescerá 25% até 2025, graças ao impacto que as tecnologias do metaverso promoverá.
2. Humanos digitais
Chegamos a era dos chamados "Humanos Digitais", versões realistas de seres humanos. Criados por Inteligência Artificial, possuem mentalidade, conhecimentos e outras características para interagir e ter diálogos com usuários como um ser humano comum.
Uma empresa de IA chamada Uneeq criou, em abril de 2021, um Albert Einstein digital. O humano digital do físico alemão, que faleceu em 1995, tem todos os seus trejeitos, desde características físicas até o mesmo tom de voz.
Acessando o site e clicando no chat é possível ter uma conversa mais humanizada com uma das figuras científicas mais conhecidas do mundo, que contará histórias a respeito de sua vida e de suas pesquisas.
No metaverso essa tecnologia pode ser bem aproveitada pelas corporações. Será possível criar humanos digitais nos ambientes cibernéticos para atender aos clientes, oferecer suporte, ajudar nas vendas e promover outros tipos de interações.
Até 2027, o Gartner prevê que grande parte dos líderes de marketing de empresas B2C dedicarão parte de seu orçamento para desenvolver humanos digitais nos espaços digitais do metaverso.
3. Ativos tokenizados
O número de usuários e empresas investindo em ativos tokenizados cresce abundantemente, transformando-se em uma nova maneira de monetizar produtos e serviços virtuais para adquirir bens físicos.
Um estudo recente publicado pela MarketsandMarkets Research identificou que o mercado de tokenização dobrará de tamanho até 2026, atingindo cerca de US$ 5,6 bilhões.
Essa tendência tem tudo para impulsionar o metaverso, visto que os ambientes digitais promovidos pelo metaverso funcionam como uma economia virtual independente, possibilitada por moedas digitas e por tokens não fungíveis (NFTs).
4. Computação espacial
Unindo elementos reais e virtuais, a computação espacial consegue promover a digitalização nas atividades, ou seja, a tecnologia consegue aprimorar e otimizar ações e interações. Empresas de diferentes verticais, como do setor industrial, podem aproveitar as vantagens oferecidas por ela para melhorar a compreensão espacial de máquinas, promover melhores interações e muito mais.
5. Experiências compartilhadas nos espaços virtuais
A pandemia impulsionou a implementação dos modelos de trabalho flexíveis. Por essa razão, as empresas investiram em ferramentas de colaboração para promover espaços virtuais e, desse modo, garantir que seus colaboradores pudessem realizar suas atividades corporativas, assim como participar de reuniões e treinamentos.
Os espaços virtuais conseguem promover experiências compartilhadas – em que grupos de pessoas podem colaborar, interagir, participar e partilhar vivências – para quaisquer pessoas, independentemente de onde estiverem.
O Gartner prevê que até 2025, 10% dos trabalhadores usarão regularmente esses espaços virtuais. Esses ambientes cibernéticos, no entanto, não são limitados apenas às experiências profissionais. Até 2028, ao menos 10% dos eventos públicos (como jogos esportivos, shows e outros eventos) oferecerão participação também nesses ambientes.
Em conclusão, o metaverso ainda é uma tecnologia a ser estudada e explorada. Essas cinco tendências, entretanto, indicam que ela está cada vez mais próxima de se tornar uma realidade. Com a Transformação Digital acelerando, as tecnologias de metaverso prometem oferecer um novo nível de interação entre o mundo físico e digital, promovendo novas oportunidades e modelos de negócio.
Embora até 2026 o esperado seja de que 25% das pessoas passem ao menos uma hora por dia em um metaverso – seja para trabalhar, fazer compras, estudar ou acessar conteúdos de entretenimento –, as organizações devem ser cautelosas no investimento, pois ainda é muito cedo para mensurar seu sucesso.
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