O que é inteligência de ameaças, quais os seus tipos e o que as empresas devem fazer para implementá-la em seu negócio? Leia o artigo para conferir.
O mundo está ficando cada vez mais conectado e essa conectividade desencadeou um crescimento significativo de ameaças cibernéticas contra empresas de diferentes verticais.
Neste conteúdo, você entenderá mais sobre:
- O que é inteligência de ameaças?
- Quais os tipos de inteligência de ameaças?
- Como implementar inteligência de ameaças?
Em 2022, segundo a Fortinet, o Brasil ocupou o segundo lugar na lista de países mais afetados na América Latina, registrando mais de 103,16 bilhões tentativas de ataques virtuais — um aumento de 16% em comparação ao ano anterior (88,5 bilhões).
Esses números, além de preocupantes, indicam que a conscientização em segurança cibernética, por parte dos CIOs, é o primeiro passo para manter as instituições protegidas.
O segundo passo, entretanto, é planejar e implementar estratégias que ajudem a combater e mitigar as ameaças virtuais que estão se fortalecendo.
Felizmente, a inteligência de ameaças pode ajudar a promover a segurança necessária para proteger os dados, sistemas e demais recursos utilizados pelas instituições.
A seguir, saiba mais sobre esse termo e entenda como aplicá-lo em uma organização.
O que é inteligência de ameaças?
A inteligência de ameaças pode ser definida como um conjunto de dados e práticas que visam ajudar as organizações a identificar e combater ataques virtuais. Com ela, as empresas conseguem melhorar a eficácia de suas estratégias de cibersegurança para tomar decisões mais rápidas e seguras, mantendo seus dados, tarefas e sistemas protegidos contra invasões.
Leia mais sobre o assunto:
- Inteligência de ameaças cibernéticas: o que é e qual a importância para empresas?
- Falha na cibersegurança: 6 principais impactos para os negócios
- 3 tendências emergentes de ameaças cibernéticas para os próximos anos
Quais os tipos de inteligência de ameaças?
Existem três tipos de inteligência de ameaças, sendo:
- Inteligência de ameaça estratégica: analisa o cenário, as tendências e as motivações das ameaças cibernéticas para apresentar aos diretores, executivos e demais públicos não- técnicos, visando ajudar a alinhar investimentos e estratégias baseadas em segurança.
- Inteligência de ameaça tática: orienta e ajuda a equipe de cibersegurança a identificar e combater ataques virtuais em andamento. Tráfego incomum, domínios mal-intencionados e e-mails suspeitos são indicadores simples de comprometimento (IOCs) que podem ajudar na detecção de ameaças.
- Inteligência de ameaça operacional: estuda o histórico de ameaças cibernéticas dos últimos anos para extrair informações que ajudem as empresas a entender a intenção, o momento e o nível de sofisticação dos ciberataques atuais.
Como implementar inteligência de ameaças?
Para implementar as estratégias em um negócio, a empresa deve levar em consideração o “ciclo de vida de inteligência de ameaças”, abordagem que diz respeito a 6 importantes etapas que devem ser seguidas. Veja quais são elas:
Etapa 1: Planejamento
A primeira etapa é definir os objetivos de segurança da corporação, entendendo as necessidades e exigências dos líderes. Além disso, também é preciso estudar vulnerabilidades que possam servir de "brechas" para a invasão dos cibercriminosos, considerando o impacto que essa ação maliciosa poderia provocar na instituição, assim como definir qual inteligência de ameaças pode ser melhor aproveitada para proteger dados, sistemas e ativos.
Etapa 2: Coleta de dados
A etapa número dois está relacionada à coleta de dados para atingir os objetivos definidos no planejamento da implementação da inteligência de ameaças. Esses dados podem ser coletados a partir de dispositivos de segurança, redes internas, fontes e materiais confiáveis disponíveis na internet (como fóruns, sites, pesquisas e relatórios, por exemplo) e muito mais.
Etapa 3: Processamento
Saber como utilizar os dados faz toda a diferença. Por essa razão, após a coleta, a próxima etapa diz respeito ao processamento dessas informações. Os analistas de cibersegurança devem considerar os mais diversos meios de processamento de dados para garantir que eles sejam bem aproveitados, ficando em um formato acessível e funcional.
Etapa 4: Análise
A quarta etapa é a de análise, indicando que todos os dados devem ser analisados com cuidado. Os profissionais da área devem identificar, verificar e consultar padrões, tendências e outras informações relevantes que possam ser usadas para guiar decisões e contribuir para atingir os objetivos apontados pelos líderes da empresa.
Etapa 5: Disseminação
A penúltima etapa do ciclo de vida da inteligência de ameaças é a de disseminação, ou seja, a fase em que o time de segurança expõe para os CIOs os principais insights obtidos e suas recomendações para manter o negócio em segurança.
Etapa 6: Feedback
Por último, há o feedback. Os participantes do projeto de inteligência de ameaças compartilham suas considerações e indicam se os requisitos solicitados foram realmente cumpridos. Também é uma boa oportunidade para expor novas dúvidas, identificar pontos que merecem ser fortalecidos e debater sobre o assunto.
Como você pôde acompanhar, a inteligência de ameaças une uma série de práticas e dados com o propósito de manter as empresas protegidas contra ataques cibernéticos.
Em meio a uma era amplamente moderna e virtualizada, proteger o seu negócio é o primeiro passo para não se tornar mais uma vítima de cibercriminosos. Portanto, identificar o tipo de inteligência de ameaças que melhor se adequa à corporação e estrategiar o melhor plano de cibersegurança significar estar sempre um passo à frente.
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