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E-Ciber: os 4 pilares da nova Política Nacional de Cibersegurança

E-Ciber: os 4 pilares da nova Política Nacional de Cibersegurança
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Conheça os 4 eixos da Estratégia Nacional de Cibersegurança (E-Ciber) e entenda mais sobre essa política.

 

Conheça os pilares da Estratégia Nacional de Cibersegurança (E-Ciber) e entenda como eles fortalecem a segurança digital no Brasil. 

A Estratégia Nacional de Cibersegurança (E-Ciber) foi formalizada pelo governo brasileiro em 2025 como uma iniciativa estratégica para fortalecer a resiliência digital do país. Estruturada em quatro eixos principais, ela orienta ações, políticas e investimentos voltados à proteção do ciberespaço, ao mesmo tempo em que promove uma abordagem coordenada entre os setores público e privado. 

Esses quatro eixos refletem os pilares de uma política de cibersegurança moderna: proteção da sociedade, defesa de infraestruturas críticas, cooperação entre entes e fortalecimento da soberania digital. A seguir, exploramos cada um deles e suas implicações para profissionais e líderes da área de tecnologia. Confira: 

Pilar 1: Proteção e conscientização do cidadão e da sociedade 

O primeiro eixo reconhece que a base da segurança digital está no comportamento dos usuários. Por isso, busca promover a conscientização da população sobre riscos e boas práticas no ambiente digital, com atenção especial a grupos vulneráveis, como crianças, adolescentes, idosos e pessoas neuro divergentes. 

Este eixo abrange medidas como: 

  • Inclusão da cibersegurança em programas educacionais; 
     
  • Campanhas de conscientização voltadas ao uso seguro de tecnologias e serviços digitais; 
     
  • Apoio a vítimas de crimes cibernéticos; 
     
  • Capacitação de professores e gestores escolares; 
     
  • Simulações e planos de resposta a incidentes. 

Para o setor de TI, isso reforça a importância de ações internas de conscientização, treinamentos periódicos e políticas que tornem a segurança compreensível e acessível a todos os usuários da organização. 

Pilar 2: Segurança de serviços essenciais e infraestruturas críticas 

O segundo eixo foca na proteção de ativos estratégicos cuja indisponibilidade comprometeria serviços essenciais, como energia, telecomunicações, transporte, saúde, defesa, finanças, entre outros. 

Entre os pontos centrais estão: 

  • Identificação de infraestruturas críticas e seus riscos associados; 
  • Estabelecimento de requisitos mínimos de segurança; 
  • Certificações, auditorias e políticas de gestão de vulnerabilidades; 
  • Monitoramento contínuo de ambientes de missão crítica; 
  • Incentivo à contratação de seguros contra riscos cibernéticos. 

Profissionais responsáveis por ambientes críticos devem adotar práticas de governança robustas, políticas de continuidade de negócios e compliance com padrões regulatórios, tanto nacionais quanto internacionais. 

Pilar 3: Cooperação e integração entre entes públicos e privados 

Nenhuma entidade, pública ou privada, pode enfrentar ameaças cibernéticas de forma isolada. Este eixo propõe a integração entre governos, empresas, academia e sociedade civil para fortalecer a resposta nacional às ameaças. 

Inclui iniciativas como: 

  • Compartilhamento de informações sobre incidentes e ameaças; 
  • Harmonização de padrões técnicos e normativos; 
  • Estímulo a redes de colaboração e centros de resposta a incidentes; 

Na prática, esse eixo aponta para um novo nível de maturidade institucional, no qual as organizações privadas têm papel ativo na formulação e na execução de políticas públicas de segurança digital. 

Pilar 4: Soberania nacional e governança 

O último eixo trata da soberania tecnológica e da capacidade de o país manter controle sobre seus sistemas, dados e cadeias de suprimentos digitais. 

Entre os objetivos estratégicos estão: 

  • Adoção de critérios de segurança na contratação de fornecedores; 
  • Políticas para estimular a produção nacional de tecnologias de cibersegurança; 
  • Certificação de produtos e serviços digitais; 
  • Governança clara sobre infraestrutura crítica e dados sensíveis; 
  • Transparência e prestação de contas nas ações do Estado. 

Esse eixo reforça a responsabilidade das empresas de tecnologia em alinhar suas operações a políticas nacionais, garantir rastreabilidade de fornecedores e participar ativamente do fortalecimento do ecossistema local de cibersegurança. 

Conclusão 

Em conclusão, a Estratégia Nacional de Cibersegurança (E-Ciber) representa um avanço significativo na construção de uma política integrada, preventiva e sustentável para o Brasil. Ao se apoiar em quatro eixos complementares, ela oferece um direcionamento claro para a proteção do ambiente digital nacional. 

Mais do que uma diretriz governamental, a E-Ciber é um chamado à corresponsabilidade. Profissionais de TI, líderes de segurança, desenvolvedores e gestores precisam estar atentos a essas diretrizes, adaptando processos, capacitando equipes e fortalecendo suas práticas de governança e conformidade. 

Sua organização já está alinhada aos princípios da E-Ciber? Quais ajustes ainda precisam ser feitos para avançar nesse novo cenário de cibersegurança nacional? 

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