Cada vez mais, as deepfakes estão deixando de ser apenas um experimento tecnológico para se tornarem uma ameaça concreta à segurança digital. Saiba mais!
O termo deepfake, que combina “deep learning” (aprendizado profundo) e “fake” (falso), descreve conteúdos falsificados gerados por inteligência artificial (AI), capazes de replicar com alta precisão a aparência ou voz de uma pessoa. Segundo dados divulgados pela TI Inside, essa prática criminosa está em ascensão no Brasil, impulsionada por avanços em redes generativas adversariais (GANs) e pela popularização de ferramentas de AI acessíveis.
Para o setor de TI, especialmente em segurança da informação, o desafio é duplo: lidar com a velocidade da evolução tecnológica e criar soluções que detectem e bloqueiem conteúdos falsos antes que causem danos. Continue acompanhando:
A evolução das deepfakes
As primeiras deepfakes eram relativamente fáceis de identificar, com falhas visuais, artefatos e movimentos pouco naturais. Hoje, os modelos de AI conseguem produzir vídeos, áudios e imagens quase indistinguíveis da realidade. Isso abre espaço para usos legítimos, como no cinema e em jogos, mas também para aplicações maliciosas:
● Fraudes financeiras: abertura de contas, validações de identidade e autorizações de transações.
● Ameaças corporativas: imitação de executivos para golpes de engenharia social.
● Manipulação de opinião pública: criação de declarações falsas atribuídas a figuras públicas.
O custo de produção também caiu. Antes, era preciso hardware caro e conhecimento técnico avançado. Hoje, softwares e aplicativos online permitem criar deepfakes em minutos, com investimento mínimo ou nenhum.
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Crescimento alarmante no Brasil
Segundo levantamentos, o Brasil registrou um aumento de 700% nos casos de fraude com deepfakes no primeiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024. Entre os fatores que explicam essa alta estão:
1. Falta de conscientização e treinamento nas empresas.
2. Carência de soluções de detecção integradas às plataformas de autenticação.
3. Popularização de tecnologias generativas sem barreiras significativas de uso.
Além disso, a pesquisa mostra que o índice de deepfakes no Brasil é cinco vezes maior que nos Estados Unidos, evidenciando uma vulnerabilidade no ecossistema digital nacional.
Por que identificar deepfakes é tão difícil?
Um estudo da iProov (divulgado pelo InforChannel) revelou que apenas 0,1% das pessoas conseguiu identificar todas as deepfakes em um teste com conteúdos manipulados. Isso acontece porque:
● A qualidade visual e sonora das deepfakes mais recentes é extremamente alta.
● O cérebro humano tende a confiar em sinais visuais e auditivos familiares.
● Golpes bem elaborados exploram contextos plausíveis, dificultando a suspeita.
Mesmo especialistas em segurança podem ser enganados quando não utilizam ferramentas específicas de análise.
Como combater as deepfakes?
Para mitigar o risco, profissionais de TI devem adotar uma abordagem integrada:
● Ferramentas de detecção de deepfakes: baseadas em AI, identificam padrões sutis que denunciam falsificações.
● Biometria com ‘liveness detection’: garante que a captura de imagem ou voz seja de um ser humano presente em tempo real.
● Educação corporativa: treinamentos regulares para equipes de atendimento, segurança e gestão.
● Monitoramento contínuo: análise de tráfego, comunicações e mídias para identificar tentativas de fraude.
● Colaboração setorial: troca de informações entre empresas, órgãos reguladores e provedores de tecnologia.
Conclusão
Como você pôde notar, o crescimento das deepfakes não mostra sinais de desaceleração. Pelo contrário, a tendência é que se tornem cada vez mais sofisticadas e acessíveis. Para profissionais de TI, a palavra de ordem é antecipação: investir em tecnologias de detecção, revisar processos internos e conscientizar usuários.
Sua empresa já está preparada para detectar e bloquear conteúdos falsos criados por AI? Deixe seu comentário abaixo e aproveite também para conferir outros artigos sobre cibersegurança por aqui.
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