O trabalho remoto ainda pode ser um desafio para muitas empresas. Veja como manter as equipes protegidas em meio a uma onda de ataques virtuais que só aumenta.
O mercado enfrentou (e continua enfrentando) uma onda de transformações que ocorreram devido à pandemia da Covid-19 e o avanço da Transformação Digital.
Uma mudança que se fortaleceu durante o período do Coronavírus e se consolidou desde então foi o trabalho remoto, uma forma ágil de assegurar que os colaboradores possam trabalhar para uma corporação estando em qualquer lugar do mundo.
Neste artigo, você lerá os seguintes tópicos:
- Quais as principais ameaças aos funcionários remotos?
- 3 práticas para manter os usuários remotos protegidos
Os trabalhos já não são mais realizados nos escritórios e os usuários, inclusive, se tornaram mais seletivos quanto à sua jornada de trabalho, enquanto alguns não se importam de trabalhar presencialmente, outros colocam o trabalho híbrido ou remoto como um requisito importante para trabalhar em uma empresa.
A 14ª edição da pesquisa Observatório Febraban identificou que 56% dos usuários defendem modelos de trabalho mais flexíveis — 60% manteriam o tipo de modelo remoto, 24% migrariam para o híbrido e somente 17% optariam pelo presencial.
Por essa razão, hoje em dia, o trabalho remoto se fortaleceu como um novo padrão. De acordo com o Gartner, 81% das empresas já implementaram essa prática em seus negócios — em 2023, 57% das pretendem manter o trabalho híbrido ou remoto e 14% planejam ampliar o modelo, segundo a HRTech Global Atlas.
Contudo, apesar das vantagens, o trabalho remoto continua sendo um desafio no quesito segurança, principalmente porque a superfície de ataque foi se tornando mais ampla com o passar dos anos. Agora as corporações devem enfrentar ataques mais sofisticados à medida que a tecnologia avança - e os usuários se conectam.
Para que os dados comerciais fluam com segurança e os sistemas, aplicativos e dispositivos permaneçam protegidos contra ameaças cibernéticas, as empresas devem contar com as proteções adequadas. Continue acompanhando o artigo para saber mais:
Quais as principais ameaças aos funcionários remotos?
Os funcionários remotos estão mais suscetíveis a ameaças cibernéticas devido a dois fatores: falta de recursos apropriados para promover segurança e falta de conscientização sobre os riscos.
Para 78% dos colaboradores, trabalhar com questões técnicas, como conectar-se com segurança aos sistemas e recursos continua sendo um grande obstáculo.
Por isso, para manterem a produtividade, cerca de 67% admitem encontrar soluções alternativas para as políticas de segurança — grande parte dos times acreditam que enviar documentos de trabalho para endereços de e-mail pessoais, compartilhar senhas e instalar aplicativos aleatórios nos dispositivos oferecidos pela empresa sejam práticas inofensivas.
Leia também: como a TI pode ajudar a melhorar o trabalho híbrido?
Isso significa que, mais do que nunca, as empresas precisam identificar maneiras de solucionar esses problemas. Veja alguns exemplos a seguir.
3 práticas para manter os usuários remotos protegidos
Para proteger os usuários remotos, vale a pena:
1. Investir na segurança do Endpoint
Pesquisas da IDC indicam que 70% dos ciberataques bem-sucedidos originam-se no Endpoint. Ou seja, os dispositivos de endpoint nunca estiveram tão vulneráveis, tanto pela falta de proteção, quanto pelo não cumprimento das políticas criadas pelas empresas por parte dos funcionários.
A proteção, detecção e resposta de endpoint são recursos que as empresas devem priorizar se quiserem manter seus dispositivos seguros contra ameaças. Para colocar em prática esses recursos, investir em soluções anti-phishing, anti-ransomware, anti-bot e detecção automatizada são boas práticas para monitorar alterações, corrigir erros e detectar ameaças antes que elas, de fato, ocorram.
Sabia que as soluções tecnológicas, além de promoverem segurança, também podem otimizar os resultados? Descubra como otimizar a colaboração entre equipes no trabalho remoto neste artigo!
2. Promover acesso seguro à internet
Com os times trabalhando em qualquer lugar do mundo, garantir que o acesso à internet seja seguro é um dos principais desafios a serem enfrentados pelas organizações. Isso porque usar qualquer rede pode colocar o dispositivo em risco sem que os usuários tenham consciência disso.
Além de redes não seguras, as empresas também precisam se preocupar com outra questão: a de saber que suas equipes podem colocar involuntariamente suas organizações em risco ao acessar e clicar em sites infectados ou efetuar o download de arquivos contaminados.
Para evitar ameaças virtuais que podem contaminar dispositivos, sistemas e aplicativos para roubar dados críticos e provocar outros prejuízos, as organizações devem focar em soluções e tecnologias avançadas de segurança capazes de bloquear ameaças com impacto mínimo para os usuários.
Também é válido considerar o uso de recursos de privacidade para manter o histórico de navegação dos funcionários privado e, assim, garantir a conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e com outros regulamentos de proteção de dados.
Aproveite também para acompanhar o guia prático para segurança cibernética durante o trabalho remoto.
3. Incluir o Zero Trust na estratégia de cibersegurança
Para garantir a produtividade do usuário remoto, as empresas devem oferecer acesso facilitado aos sistemas, aplicativos e bancos de dados para encontrarem as informações e recursos de que precisam, independentemente do local e dos dispositivos que estiverem usando.
Com o objetivo de oferecer esse acesso com segurança, muitas organizações confiam na proteção baseada em VPN, embora essa abordagem já não seja mais tão viável (e segura), pois, novas atualizações e patches podem facilmente interromper conexões. Além disso, se um hacker invadir a rede corporativa usando a mesma VPN, dificilmente o recurso detectará uma invasão.
Concluindo, chegou a hora das empresas definirem uma arquitetura de Segurança de Confiança Zero (Zero Trust) para eliminar riscos de acesso não autorizado. A abordagem concede aos usuários remotos somente os recursos de que realmente precisam, gerenciando todos os acessos da rede, estabelecendo autorização e controle de acesso, além de verificar e proteger os ativos da empresa.
Se quiser se aprofundar nesse assunto, recomendamos a leitura do artigo: Zero Trust, significado, vantagens e expectativas para o futuro.
Baseado em todas as informações deste artigo, ficou perceptível que o trabalho remoto, embora traga várias vantagens significativas para as empresas (e para os funcionários), também acompanha obstáculos de segurança que precisam ser superados pelas corporações que querem garantir que esse método de trabalho realmente funcione.
Com os ataques virtuais se intensificando à medida que os avanços tecnológicos acontecem, estabelecer boas práticas de proteção é o que garantirá que os usuários remotos trabalhem com segurança e estejam livres dos riscos disponíveis na internet.
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