Competências em gestão e comportamento têm o mesmo peso que os conhecimentos técnicos.
Uma previsão do Departamento de Estatísticas Trabalhistas do governo norte-americano diz que até 2020 existirão 1,4 milhão de vagas no setor de computação e somente 400 mil profissionais habilitados para ocupá-las. A consultoria McKinsey aponta que há uma demanda não atendida nos Estados Unidos que varia entre 140 mil e 190 mil vagas para pessoas com habilidades analíticas e uma defasagem de 1,5 milhão de especialistas capazes de compreender e tomar decisões baseando-se na análise de Big Data.
Diante deste cenário, fica claro que o profissional de TI não pode mais contar apenas com seu conhecimento técnico. Ele precisa saber lidar com pessoas, liderar projetos, mediar conflitos, entre outras habilidades relacionadas à gestão e a estratégias que devem contribuir para os resultados nos negócios. O novo profissional de TI deve ter habilidade de comunicação e relacionamento interpessoal para entender as demandas operacionais e estratégicas e traduzi-las em ações baseadas na TI, que gerem retorno.
Esse desafio de participar mais diretamente do negócio está aumentando a procura por cursos na área de Gestão de Projetos. A área de TI é a segunda que mais investe nessa formação, atrás apenas dos engenheiros.
Com o ritmo acelerado do mercado de tecnologia da informação e novas realidades como mobilidade, computação em Nuvem, Big Data, impressão 3D e Internet das Coisas, as empresas estão investindo mais nessa área e buscam profissionais com perfil adequado. Os padrões elevados de competitividade estão exigindo uma atitude mais dinâmica e inovadora. Um bom conhecimento da língua inglesa, técnicas de gestão e gerenciamento de projetos, habilidade no gerenciamento de pessoas e atualização constante sobre técnicas, informações e produtos disponibilizados pelo mercado agregam valor ao profissional dessa área. Ser comunicativo e ter atitude são posicionamentos esperados.
Profissionais com conhecimento de bancos de dados, redes móveis, infraestrutura, segurança da informação e desenvolvimento de software são os mais procurados para atender projetos como de Big Data e mobilidade. Quem conhece bem tecnologia e estratégias de negócios sai na frente.
Confira 6 características desejáveis para quem atua na área de TI:
1- Seja autodidata
Antes a maioria das empresas oferecia capacitação para atualizar seus colaboradores e reter talentos. Nos últimos anos, os profissionais estão buscando conhecimento por conta própria, da formação básica à especialização. Isso porque o grande volume de informações e cursos disponíveis na Internet nessa área democratizou o conhecimento. A velocidade com que ocorrem as atualizações e surgem novas tecnologias exige um profissional cada vez mais proativo e dinâmico.
2- Tenha inglês fluente
Imprescindível, uma vez que a maioria das informações sobre tecnologias estão nesse idioma. Fluência em inglês está entre as competências exigidas pelas maiores empresas nos países não-nativos do idioma, especialmente as que operam com tecnologia da informação as quais adotam o inglês como sua língua oficial. O domínio do idioma é competência básica para quem escolhe atuar nessa área.
3- Saiba se relacionar
O profissional de TI acaba tendo envolvimento com todas as áreas da empresa e até fora dela, como as equipes de suporte e os fornecedores. Então, a habilidade de relacionamento interpessoal e trabalho em equipe é fundamental para comunicação e interação fluírem. A interação do profissional de TI deve abranger todos os níveis, clientes, fornecedores, acionistas, usuários e colegas para que possa entender as demandas e se fazer compreendido de forma eficiente.
4- Tenha visão abrangente
TI é um setor estratégico nos negócios e precisa atender às necessidades do mercado, da empresa e dos colaboradores. O profissional de TI que tem uma visão mais abrangente e ampla do negócio e do mercado, consegue se destacar. Competências globais em gestão têm tido o mesmo peso que os conhecimentos técnicos.
5- É preciso ter autoconhecimento
É fundamental que o profissional conheça seu papel e suas atribuições em um projeto ou processo. Ter senso de oportunidade e sensibilidade para perceber seus pontos fortes e dificuldades é o caminho mais fácil para entregar o melhor resultado. Saber onde se quer chegar ajuda muito a descobrir como chegar.
6- Resiliência
As empresas costumam levar em conta a bagagem técnica e competências comportamentais. A aptidão em lidar com as emoções e com a pressão do trabalho e das cobranças dos superiores influenciará diretamente nas ações das pessoas no dia a dia. A inteligência emocional é um ponto forte em um mercado cada vez mais competitivo e em constante transformação.
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