A infraestrutura de TI híbrida multinuvem chegou para ficar.
Em uma pesquisa recente com 750 empresas em todo o mundo, a Flexera constatou que 72% das organizações optaram pelo caminho híbrido, utilizando tanto nuvens híbridas quanto privadas em sua infraestrutura. Ao mesmo tempo, a IDC prevê que na América Latina a taxa de crescimento das nuvens híbridas supere a taxa de crescimento das nuvens públicas nos próximos três anos.
Existem muitas razões para as empresas preferirem uma infraestrutura híbrida. Esse modelo permite usufruir das vantagens das nuvens públicas e das nuvens privadas ao mesmo tempo. Permite, por exemplo, utilizar a nuvem pública para períodos de pico ou para cargas de trabalho temporárias e manter os dados críticos ou sensíveis numa estrutura privada. Outras vantagens das nuvens híbridas incluem a otimização dos custos, a adesão a regulamentações específicas de alguns mercados e a possibilidade de integrar gradualmente os sistemas legados às aplicações e aos serviços mais modernos propiciados pela nuvem pública.
Se essas características impulsionam a adoção das nuvens híbridas, é importante também constatar um outro efeito relacionado, que é o avanço da utilização de tecnologias emergentes. As nuvens híbridas facilitam esse avanço, e assim ajudam a acelerar a transformação digital das empresas. A mesma pesquisa da Flexera menciona, por exemplo, que 36% das empresas entrevistadas já utilizam os serviços de cloud para inteligência artificial/aprendizado de máquina, enquanto 48% estão experimentando ou planejando utilizar esses serviços no futuro. Outros exemplos de serviços que crescem em adoção com as nuvens híbridas incluem automação de infraestrutura e edge computing.
Todos esses benefícios não vêm sem desafios. Entre os principais citados por um estudo da Cisco estão a segurança e a complexidade dos ambientes híbridos, seguidos do desafio de gerenciar os custos. O estudo da Flexera também menciona o gerenciamento de custos e a segurança, somando à lista a falta de recursos com a expertise necessária nas empresas. Considerando os benefícios mencionados na migração para infraestrutura hibrida, é natural que as empresas incluam em suas prioridades a superação desses desafios. Aqui está uma grande oportunidade para os provedores de tecnologia preparados para isso.
Para o canal de TI o desafio está em atender todas as demandas de seus clientes nesse ambiente mais complexo. A diversidade de tecnologias envolvidas, incluindo muitas das tecnologias emergentes, requer que os provedores busquem complementar suas capacidades. Eles devem analisar se a especialização que têm, sua propriedade intelectual e suas ofertas de serviços são adequadas e suficientes para suportar as necessidades de seus clientes nesse novo ambiente ou se precisam procurar ajuda.
A ajuda pode vir de um distribuidor bem sintonizado com todas essas mudanças. O distribuidor de valor agregado estende ao canal um ecossistema de empresas – incluindo fabricantes, ISVs e outros provedores de tecnologia – que complementam suas capacidades. O distribuidor oferece um portfólio amplo de soluções em nuvens híbridas – incluindo os diversos serviços de nuvens públicas – junto com outros serviços, que evoluem para se adequar às novas necessidades. Essas ofertas compreendem ferramentas como plataformas digitais com dados analíticos dos consumos de nuvem, consultoria na arquitetura de ambientes híbridos, SOCaaS (Centro de Operação de Segurança como Serviço), suporte a diferentes modelos de consumo, serviços financeiros, além de serviços especializados de migração para a nuvem ou otimização das cargas de trabalho. Ao associar ofertas como essas a suas capacidades e expertise, o canal de TI pode endereçar os desafios do cliente e ajudá-lo a capitalizar os benefícios do ambiente híbrido.
Com a tecnologia, os negócios estão se transformando numa velocidade inédita. O setor de TI – fabricantes, distribuidores, ISVs, integradores, provedores de serviço – tem nas mãos a oportunidade de suportar essa transformação. Para isso precisa entregar a estrutura e os serviços necessários e estar preparado para um novo ambiente com nuvens públicas e privadas, novas tecnologias e novos desafios. Ao somar as capacidades de cada ator nessa cadeia, podemos entregar os benefícios prometidos pela infraestrutura híbrida e construir o núcleo da transformação digital das empresas.
*Artigo publicado com exclusividade pela Channel 360 em 12 de Julho de 2023.
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