O mercado de edifícios inteligentes, capaz de aproveitar cada recurso ao máximo através de tecnologias, tem tudo para expandir cada vez mais. Atualmente, crescimento anual é de 22,6%.
Edifícios inteligentes vão além de construções capazes de economizar energia e contribuir com metas de sustentabilidade. Eles devem aproveitar ao máximo recursos através de tecnologias já disponíveis, sejam elas construtivas e de aproveitamento de materiais, ou mesmo tecnologias da indústria high tech. Os “smart buildings”, como também são conhecidos, possuem algumas características que envolvem, e muito, a área de TI:
- Sistemas automatizados
- Sistemas inteligentes de gerenciamento predial
- Medidas de eficiência energética
- Tecnologias sem fio
- Infraestrutura digital
- Sistemas de energia adaptativa
- Aparelhos em rede
- Dispositivos de coleta de dados
- Redes de informação e comunicação
- Tecnologias assistivas
- Monitoramento remoto
- Internet das Coisas
Concentrando estas tecnologias, centralizando e gerenciando bem os dados coletados, é possível alcançar uma automação capaz de monitorar o desempenho, detectar ineficiências, diagnosticar possíveis causas, fazer ajustes e correções automaticamente. Tudo isso com o objetivo de aproveitar ao máximo os recursos.
Resumindo, o sistema é capaz de conectar as tecnologias e estas, por sua vez, às pessoas. Assim, é possível alcançar sistemas inteligentes e eficientes de iluminação, ar-condicionado, uso de elevadores, aproveitamento do vento, aproveitamento de água, entre outros.
E se você acha que um prédio não merece tanta atenção assim, seguem alguns dados interessantes que farão você mudar de ideia: estudos apontam que até 2025, 42% da eletricidade mundial será consumida por edificações apenas, sejam elas comerciais, residenciais, aeroportos, fábricas, etc.
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De acordo com um relatório feito pela IDC Energy Insights, as organizações líderes em todo mundo já são encorajadas a implementar planos de curto, médio e longo prazo para terem construções cada vez mais “smarts”.
Ainda segundo a pesquisa, os gastos mundiais com tecnologias de edifícios inteligentes foram de US$ 6,3 bilhões em 2014, mas que serão de US$ 17,4 bilhões em 2019. Ou seja, registrando uma taxa de crescimento anual composta de 22,6%. E para encerrar os números, um único edifício inteligente, o Taipei Financial Center, que fica em Taiwan, gera uma economia aproximada de US$ 700 mil por ano, resultado do uso de tecnologias inteligentes.
Mas, qual a dificuldade em fazer edifícios inteligentes?
De acordo com estudos, a construção de edifícios inteligentes acontecerá principalmente, nos próximos anos, na Ásia, na América do Norte e na Europa Ocidental. Alguns especialistas apontam que, a maior dificuldade em construir esses prédios não está na tecnologia disponível atualmente e nem mesmo nos custos envolvidos, e sim, em descobrir em como gerenciar esses monumentos tecnológicos.
Afinal, não são somente prédios em um amontoado de ferros, areia e cimento, são organismos vivos que precisam de muitos profissionais qualificados para serem verdadeiramente inteligentes.
E como tudo no mundo da tecnologia, todas essas ferramentas e necessidades são só o começo de muitas possibilidades de aplicação, bastando apenas ter criatividade e disposição. Um exemplo disso é um prédio comercial onde, ao chegar ao estabelecimento, um aplicativo gerencia e direciona o motorista até a vaga mais próxima. Pode não parecer, mas em escala, com certeza essa iniciativa economiza muito combustível e evita muito CO2 na atmosfera.
Os “smart buildings” ainda contam com algumas tecnologias que estão diretamente ligadas à área construtiva, como o uso de vidros verdes, capazes de aproveitar 70% da luz natural e retendo apenas 28% de calor, e a construção de jardins aéreos, que refletem diretamente na diminuição da temperatura interna do prédio e no impacto ambiental por ele provocado.
São alguns exemplos de edifícios inteligentes, além do Taipei Financial Center: o Eldorado Business Tower e a Torre Santander, ambos em São Paulo; Sello Shopping Center, em Espoo, na Finlândia; o Aeroporto Internacional O’hare, em Chicago, nos Estados Unidos; o Market Hall, em Rotterdam, na Holanda; o “Wohlen High School, Roofs and Hall”, em Wohlen, na Suíça; o Museu Guggenheim, em Bilbao, na Espanha; e o The Pompidou Centre, em Paris, na França.
Existe demanda para esse novo conceito de edificações e existe também já muita tecnologia disponível, o que pode evoluir desde já é a qualificação dos profissionais da área, especializações no assunto e a criatividade. E você, profissional de TI, que tal correr atrás desse mercado que tem tudo para evoluir?
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