O metaverso é a principal tendência virtual para os próximos anos. Por isso, as empresas precisam se adequar a ele. Veja como a tecnologia pode impactar os negócios:
No final de 2021, o termo “metaverso” ganhou os holofotes de todo o mundo (embora já tivesse sido citado em 1992, na obra literária de Neal Stephenson) após Mark Zuckerberg anunciar a mudança do nome Facebook para Meta e investir na nova realidade digital.
Nesse artigo, você acompanhará os seguintes tópicos sobre o assunto:
- Como o metaverso impacta os negócios?
- Como entrar no metaverso?
Continue a leitura.
Os ambientes virtuais hiper-realistas, interativos e imersivos prometidos pelo metaverso vêm chamando a atenção dos usuários e das empresas, que agora precisam se dedicar e obter tecnologias aprimoradas se quiserem acompanhar essa tendência.
Apesar de parecer um conceito muito futurístico e altamente tecnológico para esta era, o metaverso já está entre nós e grandes marcas como Nike, Fortnite, Ralph Lauren e Stella Artois já fazem parte desse novo universo.
Além disso, pesquisas do Instituto Kantar Ibope Media apontam que ao menos 4,9 milhões de brasileiros já estão inseridos em alguma versão do metaverso.
O leque de oportunidades é extenso, graças às funcionalidades oferecidas pelos ambientes interativos. Isso significa que não será somente as grandes corporações que poderão se beneficiar. Pequenas e médias empresas também podem aproveitá-las.
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A seguir, entenda como o metaverso impacta as empresas.
Como o metaverso impacta os negócios?
Tudo indica que o metaverso pode revolucionar e ampliar os negócios, pois oferece oportunidades como: abrir lojas virtuais, criar espaços interativos, permitir que os usuários realizem compras online como se estivessem visitando um ambiente físico e investir em publicidades e patrocínios durante eventos, como shows em jogos interativos, por exemplo.
O propósito dos ambientes digitais do metaverso é promover a sensação de exclusividade e proximidade com a marca, não somente no mundo real, como no virtual também.
Em 2030, o mercado do metaverso deve chegar a US$ 996 bilhões, com uma taxa de crescimento anual de 39,8% (CAGR), segundo a GlobalData. Isso indica que o potencial tende a ser cada vez maior, visto que em 2021, o valor atingido foi de US$ 22,7 bilhões.
A pesquisa "Como o Metaverso está transcendendo os limites digitais e reinventando nosso lugar no mundo físico” da Globant aponta que o metaverso abrirá, até 2024, uma possibilidade de mercado de, aproximadamente, US$ 800 bilhões em três verticais: entretenimento ao vivo (shows, exposições de arte, esportes, etc.), jogos online e mídias sociais (incluindo publicidade). Outras áreas como vareja, manufatura, serviços financeiros e educação também podem se beneficiar com a tecnologia.
Com base nisso, as empresas buscarão recursos, estratégias e maneiras inovadoras de fazer parte desse novo ambiente digital para aumentar seu alcance de mercado e, consequentemente, sua receita.
Por que entrar no metaverso?
Há uma série de razões pelas quais as empresas devem entrar no metaverso:
Unindo o físico e o digital, as empresas podem aproveitar esse novo ecossistema digital para levar seus produtos até os usuários, sem que eles precisem ir pessoalmente até a sede ou loja. Também é uma ótima oportunidade para as pessoas adquirirem ativos digitais.
Dependendo do bem virtual, as marcas podem lucrar mais do que lucrariam com o produto “real”. Foi o que aconteceu em junho de 2021 com a Gucci.
A marca italiana de luxo vendeu a versão digital da bolsa Dionysus no site de jogos Roblox por 350.000 Robux (moeda digital da plataforma), aproximadamente R$21 mil, um valor bem acima do comercializado fisicamente: cerca de R$4.450 no Brasil.
Além dessas questões, as empresas também podem usar os ambientes virtuais e interativos para promover jornadas de consumo mais confortáveis, ágeis e personalizadas para os clientes aproveitarem do jeito que preferirem.
Para o Gartner, até 2026, ao menos 25% dos usuários passarão pelo menos uma hora por dia no metaverso, seja para trabalhar, fazer compras, estudar ou aproveitar momentos de entretenimento. A tendência é que essa porcentagem aumente gradativamente com o passar do tempo.
Ou seja, diante desse novo cenário tecnológico, as corporações que não marcarem presença no metaverso, além de perderem grandes oportunidades de negócios também serão consideradas ultrapassadas.
Estatísticas da Infobase apontam que até o fim de 2022, cerca de 70% das empresas devem implementar tecnologias imersivas para se aproximarem dos ambientes digitais.
Marcas que já estão investindo em metaverso
Diversas marcas já estão atentas à essa tendência. Veja alguns exemplos:
- Roblox: o jogo virtual é uma das principais referências quando o assunto é metaverso e está investindo em ambientes cada vez mais personalizados para proporcionar experiências compartilhadas e imersivas. Além disso, há também a Robux, a primeira moeda digital da plataforma para os usuários adquirirem seus ativos digitais.
- Epic Games: a desenvolvedora americana criou o Fortnite, o jogo online mais popular do mundo, com mais de 350 milhões de usuários ativos. A plataforma está investindo intensamente no metaverso e, inclusive, já realizou shows exclusivos de artistas como Ariana Grande e Travis Scott nos espaços virtuais.
- Nike: a marca criou a “Nikeland” dentro do espaço 3D do Roblox para os usuários aproveitarem jogos esportivos gratuitos (natação, atletismo ou parkour) e adquirirem os produtos da Nike em sua versão digital (bolsas, mochilas, óculos, tênis, roupas, etc.).
- Balenciaga: em 2021, com o objetivo de não limitar seu público, a marca de luxo lançou uma coleção especial de roupas e acessórios para o Fortnite. Agora, em 2022, estabeleceu uma parceria com a Meta, sendo uma das primeiras marcas a disponibilizar roupas personalizadas para os avatares da plataforma.
- Spotify: anunciou recentemente o Spotify Island, a primeira marca de streaming de música a fazer parte do Roblox. O espaço virtual permite que os jogadores se conectem, criem novos sons juntos e tenham acesso a produtos virtuais exclusivos.
- Microsoft: a empresa se uniu a Zuckerberg para integrar seus serviços no Meta. Isso significa que em breve os usuários do Microsoft Windows 365, Microsoft Teams e outras plataformas estarão disponíveis nos óculos de realidade virtual Meta Quest e no Horizon Worlds.
Com base nessas informações, concluímos que o metaverso está abrindo novas oportunidades que merecem ser exploradas pelas empresas, pois suas características podem e já estão impactando os negócios de diferentes maneiras.
O ideal é que as corporações fiquem por dentro do assunto e invistam sempre em tecnologias avançadas e equipamentos que garantam a imersão nos ambientes virtuais.
Além disso, acompanhar tendências, estudar, identificar e testar estratégias baseadas na área em que o negócio está atuando também é crucial para não perder as oportunidades no metaverso.
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