O spyware é a nova ameaça cibernética que está preocupando as instituições.
Nos últimos anos, usuários e empresas estão enfrentando um grande desafio: lidar com o aumento de ataques cibernéticos, como o Spyware.
Identificado como uma das principais tendências para o futuro, esse malware atua como um aplicativo oculto ou “espião”, conseguindo invadir um dispositivo de maneira silenciosa para capturar dados confidenciais que poderão ser utilizados para diversos fins.
Neste artigo, você acompanhará os seguintes tópicos:
- O que é spyware?
- Como ocorre a infecção desse malware espião?
- Quais são os tipos de spyware?
- Como detectá-lo?
- Como removê-lo?
- Como se proteger contra essa ameaça cibernética?
A seguir, entenda mais detalhes sobre o assunto.
Os ataques cibernéticos estão ficando cada vez mais aprimorados e o Brasil, considerado um dos principais alvos de cibercriminosos na América Latina, tem sofrido com esses impactos.
Somente no primeiro semestre de 2022 foram registradas mais de 31,5 bilhões de tentativas de invasão virtual no país. Um aumento de 94% comparado ao ano anterior (16,2 bilhões).
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Além das tentativas de ameaças mais conhecidas atualmente, como de ransomware, phishing e DDoS, uma nova preocupação está liderando o ranking de ataques cibernéticos: os aplicativos ocultos.
No 7º Fórum de Segurança Cibernética, a empresa de cibersegurança ESET detectou que no segundo quadrimestre de 2022 os ataques de origem spyware cresceram 109% em dispositivos com Android.
Esse crescimento exponencialmente tem acendido um alerta entre as corporações. Continue acompanhando o conteúdo e veja tudo o que você precisa saber sobre esse malware:
O que é spyware?
O spyware é um malware espião que tem preocupado muitas empresas e usuários. É uma ameaça cibernética que invade dispositivos conectados à internet (computadores, tablets e celulares) sem o consentimento dos usuários para obter informações sigilosas.
Ele atua de maneira semelhante a um ataque de ransomware, sem que a vítima perceba que teve o dispositivo infectado, porém com a exceção de não “sequestrar” os dados e sim roubá-los.
Concluindo a invasão, o cibercriminoso tem livre acesso ao aparelho, conseguindo monitorar atividades, visualizar históricos, conversas, arquivos, senhas, números de cartão de crédito e demais dados.
Os hackers podem usufruir das informações recolhidas para roubar identidades, esvaziar contas bancárias e realizar outras fraudes altamente prejudiciais. Além disso, o aplicativo espião também consegue danificar os dispositivos, causando lentidão.
Embora o spyware não seja uma ameaça virtual nova, ele vem sendo cada vez mais aprimorado pelos cibercriminosos. Com isso, está ficando mais difícil identificá-lo.
Entenda como ele consegue infectar um aparelho:
Como ocorre a infecção desse malware espião?
Um dispositivo é infectado silenciosamente pelo spyware, atuando em segundo plano para espionar as atividades e obter informações sigilosas de um usuário, sem que ele tenha conhecimento do que está acontecendo.
Ele costuma estar escondido no download de programas e arquivos gratuitos ou a partir de um trojan, conhecido como cavalo de troia.
Além disso, o spyware também pode ser instalado no aparelho após o usuário clicar em anúncios infectados na internet ou após usar conexões não seguras, como Wi-Fi gratuitos em locais públicos.
Quais são os tipos de spyware?
Há vários tipos de spyware espalhados pela internet e cada um deles promove consequências variadas, de acordo com o objetivo do cibercriminoso. Veja alguns exemplos:
- Keyboard Loggers – conhecido como "monitor de sistema", esse tipo de spyware monitora todas as atividades realizadas em um celular ou computador, consultando o histórico de conversas e buscas, as senhas e login de sites, dentre outras ações realizadas pela vítima.
- Trojans bancários – com esse spyware os hackers conseguem acessar informações bancárias com o intuito de modificar as páginas acessadas pelos usuários para esvaziar contas, sejam elas pessoais ou corporativas, aproveitando da vulnerabilidade na segurança. É uma ameaça virtual que tem como alvo as carteiras digitais, corretoras e instituições financeiras no geral.
- Adware – o spyware mais comum é o adware. Ele projeta janelas pop-up e anúncios indesejados na tela do usuário, a fim de obter informações pessoais, acompanhar os movimentos e causar danos ao sistema de segurança do aparelho. Aparece, principalmente, em jogos virtuais gratuitos e em sites de diferentes assuntos.
Como detectá-lo?
O cibercriminoso age sorrateiramente, isso significa que é possível que o dispositivo seja infectado e o usuário não tenha conhecimento disso. No entanto, há como suspeitar de que algo está errado quando:
- O dispositivo apresenta desempenho lento e travamentos;
- Aparece cada vez mais propagandas inesperadas e pop-ups;
- Há dificuldade para efetuar o login em sites seguros;
- Surgem ferramentas, aplicativos e páginas que não haviam sido instaladas pelo usuário;
- O antivírus e outros softwares de segurança não funcionam adequadamente.
Aspectos como esses indicam que o aparelho pode ter sido comprometido. Ao identificar tais dificuldades, a vítima deve passar para a próxima etapa: remover o spyware de seu dispositivo o mais rápido possível.
Como removê-lo?
Para remover a ameaça de um aparelho é preciso contar com a ajuda de um sistema anti-spyware e realizar uma limpeza completa no aparelho, eliminando quaisquer vestígios que os hackers tenham deixado.
Essa limpeza pode acontecer por meio de um sistema de segurança que ajuda a detectar sinais de ameaças virtuais. Recorrer a equipe de TI nesse momento pode ser crucial para impedir a ação dos hackers.
Após efetuar a limpeza do dispositivo é recomendável que o usuário ou corporação analise suas contas em instituições financeiras e entre em contato caso tenha ocorrido alguma transação fraudulenta.
Esse ataque virtual só ressalta ainda mais a importância de investir constantemente em cibersegurança (antivírus e ferramentas mais aprimoradas) para detectar ameaças e eliminá-las antes que seja tarde.
Como se proteger contra essa ameaça cibernética?
Existem algumas recomendações que podem ser seguidas para manter o spyware longe, como:
- Usar um provedor de segurança de internet confiável;
- Manter o antivírus sempre atualizado;
- Orientar as equipes e adotar boas práticas de segurança;
- Não abrir e-mails de remetentes desconhecidos;
- Não efetuar o download de arquivos de fontes desconhecidas;
- Ter cuidado antes de clicar em uma propaganda ou pop-up na internet (a instrução é sempre passar o mouse pelo link para verificar para qual página será redirecionado).
Em conclusão, a ameaça de spyware está ficando cada vez mais sofisticada e tem potencial para causar grandes problemas no futuro, tanto para um usuário quanto para uma instituição.
Esse crescimento ocorreu, principalmente, durante a pandemia, em que muitas empresas adotaram a jornada de trabalho híbrida e remota, levando os colaboradores a utilizarem mais dispositivos móveis.
Os ataques de spyware só mostram o quão fundamental é contar com soluções de cibersegurança aprimoradas, uma vez que os hackers estão trabalhando para garantir que as invasões sejam bem-sucedidas.
As empresas que não se atentarem a essa nova onda de ameaças virtuais poderão ser gravemente prejudicadas.
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