Os diferentes dispositivos utilizados atualmente no trabalho aumentaram a superfície de ameaças à cibersegurança das empresas e das pessoas, colocando no topo da lista de prioridade dos times de TI questões relacionadas ao endpoint security.
Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que há 440 milhões de dispositivos digitais em uso no Brasil. Com a adoção do trabalho híbrido, ter um sistema de segurança virtual ajuda a construir defesas eficientes que protegem a integridade de servidores de acessos externos mal-intencionados.
Com a rápida evolução da tecnologia, mudam também e com a mesma velocidade os tipos de ataques hackers que ameaçam a proteção de dados das empresas, que passaram a enxergar com urgência a criação de abordagens focadas em endpoint security.
O que é endpoint security?
Imagine que uma empresa tenha colaboradores que trabalham do escritório e de outras diferentes partes da cidade ou em diferentes países. Cada dispositivo utilizado por elas são endpoints, ou seja, pontos de acesso aos servidores da empresa, que podem estar suscetíveis a invasões ou sequestro de dados.
Endpoint security, portanto, é uma estratégia para proteger todos os dispositivos utilizados para conectar à rede corporativa, como notebooks, smartphones, dispositivos de Internet das Coisas (IoT), entre outros.
De acordo com a consultoria alemã Roland Berger, o Brasil foi o 5º país que mais sofreu crimes cibernéticos no mundo em 2021. O levantamento mostra ainda que esses ataques podem ter atingido US$ 6 trilhões em perdas globalmente.
Se não houver serviços e metodologias que sigam uma premissa adequada em endpoint security, toda a proteção de dados de uma empresa fica comprometida. Assim, torna-se essencial ter uma política clara de segurança da informação para proteger corporações e seus dados.
Qual a diferença entre endpoint security e antivírus?
É comum confundirem estratégias de endpoint security com as atividades desenvolvidas pelos sistemas antivírus. Embora os dois atuem na proteção contra invasões, malwares e outras ameaças, eles trabalham de forma muito diferente.
Antivírus detectam programas maliciosos. Na prática, eles apenas identificam e removem o vírus. Já o endpoint security controla a segurança de cada ponto de acesso considerando regras e políticas de uso para monitorar, proteger e investigar ameaças ou incidentes.
Outra diferença é que os antivírus atuam quando a ameaça de fato acontece, isto é, quando o vírus invade o sistema, enquanto o endpoint security cuida de toda a infraestrutura, de forma a evitar que hackers consigam acessar os servidores.
Quais as vantagens do endpoint security?
Implementar estratégias de endpoint security traz não apenas um ambiente cibernético mais seguro e protegido contra ameaças, como também proporciona muitos benefícios ao negócio. Confira algumas vantagens:
1. Redução de custos
Proteger todos os dispositivos conectados à rede corporativa pode ser bastante custoso às empresas. Com isso, adotar práticas de endpoint security reduz os custos, pois o software é configurado tanto no servidor quanto nos pontos de acesso dele.
Além disso, torna-se mais vantajoso financeiramente adotar esta estratégia comparado aos prejuízos provocados por uma invasão hacker. Segundo o estudo Business Aftermath Report, empresas podem pagar até R$ 5,6 milhões para cobrir custos de uma violação.
2. Gestão centralizada
Sistemas de endpoint security são administrados de forma centralizada, a partir de dashboards que permitem revogar ou conceder acessos, monitorar redes, extrair relatórios ou ainda bloquear permissões de usos.
Com isso, ter a gestão unificada favorece a manutenção de boas práticas e possibilita ainda prever e corrigir vulnerabilidades de forma mais assertiva.
3. Proteção contra ameaças externas
Segundo levantamento, infecções por dispositivos USB podem representar mais de 20% de todos os ataques de vírus. Com o endpoint security, gestores de segurança digital podem bloquear as portas de conexão e assim diminuir ainda mais a vulnerabilidade dos equipamentos.
Que desafios o futuro traz para o endpoint security?
Identificar potenciais ameaças e bloquear ataques cibernéticos são uma das responsabilidades do endpoint security. No entanto, adotar esta estratégia traz alguns desafios para o futuro da segurança cibernética nas empresas.
Um dos fatores tem a ver com a evolução natural da tecnologia empregada em cada dispositivo. Conforme novos modelos vão sendo lançados no mercado, os protocolos de segurança precisam ser atualizados para incluir aquele novo sistema.
Outro ponto diz respeito às novas ameaças virtuais, que também evoluem com velocidade cada vez maior. Por isso, é essencial acompanhar estas mudanças para aumentar as capacidades de defesa no futuro.
Por fim, as organizações devem adquirir uma postura proativa com relação à segurança de seus dados. A pesquisa PwC Digital Trust Insights 2022 revela que cerca de 83% das empresas brasileiras devem aumentar o investimento em segurança cibernética neste ano.
As organizações precisam ter em mente que capacitar os times de TI também estão entre os desafios futuros para quem deseja implementar abordagens em endpoint security e preparar a empresa para ter a estrutura de proteção avançada necessária contra ameaças em tempo real.
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