É possível garantir a privacidade dos usuários da rede corporativa e ainda ter uma segurança reforçada. Para isto, algumas técnicas devem ser implementadas pelas empresas.
Devido a crescente e constante evolução das tecnologias digitais, a segurança da informação se tornou uma das principais questões a serem abordadas pelas empresas. Todos os dias, milhares de usuários realizam tarefas pessoais na internet usando a rede do trabalho, o problema é que nem sempre contam com mecanismos de proteção totalmente eficazes, o que acaba deixando as redes corporativas desprotegidas, expostas a hackers.
Dessa forma, as corporações investem, cada vez mais, recursos em soluções reforçadas de segurança para controlar esse tipo de problema. Além disso, outros motivos levam as corporações a investirem no monitoramento da rede, como verificar a produtividade dos colaboradores, conferir se estão sobrecarregando indevidamente o sistema, se há o acesso a sites não autorizados, examinar o recebimento de e-mails não seguros, que podem conter vírus, realizando o download de programas não licenciados ou de conteúdos pessoais, ou ainda se há o vazamento interno de informações sigilosas da empresa.
Porém, as complicações surgem quando essas iniciativas ameaçam infringir a privacidade pessoal dos funcionários e clientes. Por isso, é importante que medidas sejam tomadas para que as empresas consigam equilibrar a manutenção dessas duas medidas, tão importantes para o ambiente virtual.
Para garantir a proteção de todos os dados e informações pessoais, sem abrir mão da privacidade, é importante que a empresa trabalhe esses dois elementos de forma complementar. Por isso, para que essas duas práticas coexistam, é necessário escolher detalhadamente as práticas e tecnologias implementadas na corporação.
O monitoramento das atividades realizadas pelos usuários na rede corporativa é uma prática muito utilizada pelas empresas para garantir que seus dados estejam seguros. Nesses casos, para que a privacidade dos funcionários e clientes não seja violada, a participação do departamento jurídico ajuda a definir o que pode e deve ser controlado, pois eles podem fornecer orientações relevantes para determinar o que deve ser monitorado. Além de fornecer as políticas de privacidade necessárias para proteger os negócios e ajudar a estabelecer quais as responsabilidades da empresa na identificação de possíveis problemas com a segurança.
Diversas ferramentas são usadas para garantir que dados importantes não sejam perdidos, capturando informações do usuário, sistema e das aplicações usadas, que tornem possível o monitoramento e análise. Configurar essas ferramentas de forma adequada é essencial. Nesse caso, a opinião do departamento legal da empresa também deve ser levada em conta para manter um alto nível de segurança.
Muitas corporações utilizam servidores proxy, que funcionam como intermediários entre a rede local e a internet, realizando um filtro do que entra e sai, fazendo o trabalho de gerenciamento. Esses servidores ajudam na segurança e no controle da conexão dos dispositivos dos funcionários. Portanto, para evitar preocupações com a privacidade ao se configurar um proxy, a técnica que pode ser utilizada é de se registrar informações do sistema, em vez de informações de login do usuário. Caso seja considerado importante registrar a informação do usuário, outra alternativa é mascarar as informações de identificação pessoal registradas no aplicativo.
Além de levar em conta todas essas medidas e configurar as soluções de segurança de forma que garanta a privacidade, as empresas devem investir em métodos que eduquem e incentivem a equipe de segurança a ser sigilosa e utilizar sempre técnicas apropriadas. Palestras e comunicados sobre a importância de manter informações de identificação pessoais relacionadas a monitorização sejam mantidas em bases seguras. Isso evita que possíveis comentários sobre detalhes de segurança cheguem a outros departamentos dentro da empresa.
Outra medida que auxilia as empresas nessa questão é rever o plano de respostas a incidentes relacionados a segurança, reformulando políticas e procedimentos de coleta de provas quando for necessário, para garantir que o acesso às informações pessoais seja limitado e o problema resolvido da forma mais simples possível.
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