Entenda como esta área tecnológica se desenvolve a partir de big data e das ferramentas de serviços em nuvem.
A busca por reproduzir o mundo real no mundo virtual com uma inteligência similar à humana em mecanismos ou softwares define o conceito de inteligência artificial (AI) que tem se mostrado uma realidade cada vez mais próxima de ser concretizada. Vemos, constantemente, a evolução tecnológica ir ao encontro de expectativas quase utópicas: reconhecimento facial, aplicativos de realidade aumentada, máquinas capazes de aprender, algoritmos capazes de antecipar decisões.
Esta evolução da AI depende, entretanto, de um grande volume de informações, que devem ser analisadas e compreendidas antes de serem recriadas. Isso cria uma série de necessidades que devem ser supridas pelas evoluções tecnológicas e pela acessibilidade a hardwares e softwares, uma vez que, mesmo com a queda dos preços de infraestrutura, de maneira geral, o suporte para a inteligência artificial ainda depende de ferramentas especializadas.
Por esse motivo, o uso de diversas tecnologias voltadas para o monitoramento de preços, precificação dinâmica, detecção de fraudes e análise preditiva, entre outras, sempre foram considerados privilégios de grandes empresas e com altos orçamentos. Mas as mudanças na expansão do acesso à tecnologia têm colocado a inteligência artificial como cada vez mais essencial aos pequenos e médios negócios, tornando-a, aos poucos, essencial para sua sobrevivência.
É neste ponto que se insere o big data, termo referente a este volume de dados que não são facilmente processáveis e analisáveis por meio dos bancos de dados e softwares tradicionais dos quais a inteligência artificial depende. Quando consideramos que dados são valor, vemos o quanto a inteligência artificial está associada e depende do big data tanto como gerador de crescimento, quanto como fonte de dados.
Assim, a crescente quantidade de dados produzidos e analisados e os diversos programas da atualidade que auxiliam o big data acabam se colocando como motivadores e facilitadores para que a própria AI se desenvolva.
Segundo estimativa da IDC, o volume de dados deve alcançar até 44 zettabytes, globalmente, até 2020, ainda que nem todos esses dados sejam de responsabilidade de empresas. Outra estimativa apresentada é de que as receitas mundiais para fornecedores de grandes dados e análise de negócios vão ultrapassar US$ 203 bilhões até 2020.
Os requisitos que a AI apresenta ainda interferem na nuvem, que acaba por desempenhar papel econômico fundamental para o desenvolvimento deste tipo de tecnologias, motivando o desenvolvimento de aplicativos cada vez mais inovadores e eficientes para os processos empresariais.
A relação que se estabelece aqui é de consequência: à medida que o big data se desenvolve, a necessidade de maior espaço de armazenamento para que as aplicações da inteligência artificial sejam armazenadas e gerenciadas cresce, fazendo com que espaços físicos para armazenamento se tornem inviáveis e colocando a nuvem como primeira opção para oferecer infraestrutura para a AI.
O principal rumo que estas necessidades apontam parece ser a busca pela capacidade de experimentar dados e algoritmos, de forma que seja possível manipulá-los e desenvolver novos modelos para suportar o aprendizado de máquina, elemento da inteligência artificial sem, para tanto, aumentar custos e tornar a inteligência artificial inviável para pequenas e médias empresas.
No entanto, mesmo com o crescimento do volume de dados disponível, a evolução da nuvem como base de armazenamento adaptável a esta nova quantidade de informações e com a AI esteja ganhando muito espaço em diversos lugares, ainda é difícil para muitos determinar de que maneira, exatamente, essa tecnologia pode ser aplicada nos negócios.
O que se pode destacar é que, neste contexto, as principais aplicações da inteligência artificial estão nos chatbots, para fornecer serviços e suporte aos clientes, e na previsão de demanda de produtos, onde a necessidade do big data fica mais clara pela necessidade de cumprir com diversos critérios, como o tempo, a hora do dia e a data, além de critérios específicos dos negócios.
Desta forma, percebemos que a medida que o big data e a nuvem evoluem, eles abrem espaço para que a inteligência artificial cresça, colocando esses serviços como uma das principais tendências para investimentos em diferentes setores, criando uma oportunidade e diferencial tanto para empresas quanto para revendas de TI.
Escreva seu comentário