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PIXHELL: ciberataque explora monitores LCD para roubar dados

PIXHELL: ciberataque explora monitores LCD para roubar dados
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PIXHELL é uma nova ameaça cibernética que rouba dados usando monitores LCD. Saiba todos os detalhes! 

As ameaças cibernéticas estão se expandindo cada vez mais. Entre as inúmeras técnicas utilizadas por hackers, uma nova tem se destacado por sua discrição e inovação: o PIXHELL 

Explorando vulnerabilidades pouco convencionais, essa ameaça utiliza emissões acústicas de monitores LCD para roubar informações confidenciais, mesmo de computadores isolados fisicamente por medidas de segurança rigorosas. 

Como essa técnica funciona? E, mais importante, como proteger seus sistemas e clientes contra esse ataque silencioso? Acompanhe os detalhes a seguir. 

O que é o ataque PIXHELL? 

O PIXHELL é uma técnica de roubo de dados que utiliza ruídos produzidos por pixels em telas LCD como meio de transmissão de informações confidenciais. Ele foi projetado especificamente para comprometer sistemas com isolamento físico (conhecidos como air-gapped), que não possuem conexões de rede externas. 

Como funciona o ataque PIXHELL? 

O ataque se inicia com a instalação de um malware no computador alvo, que manipula os pixels exibidos na tela. Essas alterações fazem com que componentes internos do monitor, como bobinas e capacitores, gerem frequências acústicas entre 0 e 22 kHz. 

Embora inaudíveis ao ouvido humano, essas frequências podem ser captadas por microfones de dispositivos próximos, como smartphones, localizados a até dois metros do monitor. 

A taxa de transferência de dados, porém, é limitada a 20 bits por segundo, o que restringe o ataque ao envio de pequenos pacotes de informações, como senhas, chaves criptográficas ou comandos críticos. 

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Desafios e limitações do ataque PIXHELL 

Embora engenhoso, o PIXHELL enfrenta restrições técnicas que tornam sua implementação complexa: 

  • Proximidade necessária: o atacante precisa estar fisicamente próximo ao dispositivo para captar os sinais, o que dificulta ações remotas.
  • Baixo volume de dados: a taxa de transmissão é insuficiente para roubo de grandes volumes de informações.
  • Dependência do hardware: diferentes modelos de monitores podem emitir sinais acústicos com intensidades variáveis, reduzindo a previsibilidade do ataque. 

No entanto, é preciso, de qualquer forma, estar atento para mitigar os riscos.  

Como se proteger contra o ciberataque PIXHELL? 

Para profissionais de tecnologia, entender e implementar medidas preventivas é essencial para reduzir os riscos associados ao PIXHELL. Algumas práticas recomendadas incluem: 

  • Bloqueadores acústicos: instalar dispositivos que neutralizem emissões de ruídos provenientes de monitores.
  • Monitoramento do espectro de áudio: adotar soluções que identifiquem sinais acústicos incomuns no ambiente.
  • Controle de acesso físico: restringir a proximidade de dispositivos não autorizados aos computadores críticos.
  • Políticas rigorosas de uso de smartphones: proibir o uso de dispositivos móveis em áreas sensíveis. 

A implementação dessas estratégias, aliada a políticas de segurança robustas, pode reduzir significativamente a exposição ao PIXHELL e ataques semelhantes. 

Conclusão 

Como vimos, o ataque PIXHELL ressalta como as ameaças cibernéticas evoluem para explorar brechas menos convencionais, exigindo atenção redobrada de profissionais de tecnologia.  

A criatividade dos cibercriminosos em aproveitar aspectos físicos de hardware reafirma a importância de estratégias de segurança integradas. É preciso estar preparado para identificar e mitigar ameaças virtuais que fogem ao tradicional.

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