A observabilidade é uma metodologia que está ganhando cada vez mais espaço no âmbito corporativo. Descubra do que se trata e como ela pode auxiliar os negócios.
O nível de complexidade dos sistemas e aplicativos corporativos tende a crescer exponencialmente.
Embora muitos deles ofereçam uma série de vantagens significativas, como os microsserviços, contêineres e computação sem servidor, o investimento em tecnologia tem multiplicado a complexidade e diminuído o índice de visibilidade.
Isso significa que à medida que as corporações avançam e investem para atender seus usuários e criar soluções melhores, mais dependentes de sistemas e ferramentas digitais elas ficam.
Neste artigo, você acompanhará os seguintes tópicos:
- O que é observabilidade?
- Quais são os benefícios da observabilidade?
- Observabilidade: 3 pilares que garantem sua eficácia
- Quais são as ferramentas necessárias para a observabilidade?
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Em virtude disso, tornou-se necessário contar com alternativas cada vez mais ágeis e eficazes para diagnosticar eventuais problemas que podem afetar as infraestruturas corporativas.
Com base nessa necessidade, o conceito de "observabilidade" tem chamado a atenção de muitas corporações e revendas.
Indo muito além do monitoramento, a observabilidade consiste em desenvolver visibilidade em todas as camadas de negócios.
Essa visibilidade é importante, pois o seu aumento oferece a todos os profissionais uma visão mais ampla dos problemas e da experiência do usuário, criando, desse modo, estratégias mais consistentes.
Em outras palavras, é uma metodologia que ajuda as equipes de desenvolvimento, infraestrutura e DevOps a observarem o comportamento das aplicações e arquiteturas.
A prática tem se mostrado fundamental para o sucesso geral da Engenharia de Confiabilidade do Site (SRE) e para os modelos de organização dos DevOps também.
No entanto, ainda há muitas dúvidas acerca deste termo! A seguir, descubra o que é observabilidade e o que é necessário para alcançá-la.
O que é observabilidade?
A prática pode ser definida como a capacidade de responder a qualquer pergunta sobre negócios e aplicativos, independentemente do índice de complexidade da infraestrutura adotada pela empresa.
Para contextualizar isso em operações e desenvolvimento de aplicativos, a observabilidade visa instrumentar sistemas e aplicativos, com o objetivo de coletar métricas, tratamentos e logs e enviá-los para um único sistema capaz de armazená-los e analisá-los, ajudando a obter os insights necessários.
Sua definição clássica vem da teoria de controle de sistemas, em que a observabilidade consegue medir quão bem os estados internos de um sistema podem ser inferidos com base no conhecimento de seus resultados externos.
Em outras palavras, é uma metodologia que pode ser entendida como um conjunto de monitoramento, considerando que um sistema observável também pode ser monitorado, a fim de disponibilizar múltiplas informações para as equipes navegarem dos efeitos às causas em um sistema, entendendo o que, onde e o porquê das coisas.
Quais são os benefícios da observabilidade?
A infraestrutura moderna evoluiu de uma mentalidade de monitoramento para uma de observabilidade, prestando mais atenção ao sistema geral e à experiência do usuário, consistindo em auxiliar no que realmente importa para os negócios. Além dessas vantagens, há outros benefícios oferecidos por essa prática, como:
- Compreensão mais abrangente de sistemas complexos;
- Planejamento inteligente para lançamentos de código e capacidade de aplicativo;
- Resolução ágil de problemas e com tempo médio mais curto para reparos;
- Revisões de incidentes mais perspicazes;
- Melhor índice de desempenho e tempo de atividade;
- Clientes mais satisfeitos;
- Melhor taxa de receita.
Usufruindo dessa metodologia, o processamento de dados coletados em insights também facilita diversas ações, especialmente os insights compartilhados, as respostas colaborativas a incidentes, o desenvolvimento com suporte de dados e as operações inteligentes.
Com a ajuda de técnicas analíticas sofisticadas, usando Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (AM), os sistemas de observabilidade de alta qualidade contarão com algoritmos de aprendizado para ajudar as corporações a entenderem a integridade anterior de seus serviços e aplicativos, auxiliando a prever situações e processos futuros.
Observabilidade: 3 pilares que garantem sua eficácia
Para manter a metodologia efetiva, existem três pilares que são necessários, e, sem eles, será difícil obter e conseguir usufruir dos benefícios citados no tópico anterior. Sendo:
- Logs/eventos: um dos pilares diz respeito aos logs/eventos. São registros imutáveis de eventos discretos que acontecem ao longo do tempo, como logs do sistema e do servidor, do sistema de detecção de firewall e intrusão, de aplicativos, plataformas, servidores e também de feeds de mídia social. Funciona como uma espécie de "diário de sistema", registrando, armazenando e trazendo mais detalhes referentes aos eventos.
- Métricas: outro pilar trata das métricas, ou seja, números que visam descrever um determinado processo ou atividade por intervalos de tempo. Reúne uma série de representações numéricas de dados como as métricas do sistema, da infraestrutura, de scripts de rastreamento da web, de agentes/coletores de aplicativos e de negócios como receita, cadastro de clientes, taxa de rejeição e abandono de carrinho.
- Traces: o último pilar da observabilidade são os traces, dados específicos da jornada de um usuário que mostram, para cada chamada de cada serviço de fluxo, qual é a instância, método invocado, como a solicitação foi executada e quais foram os resultados adquiridos nos processos.
Quais são as ferramentas necessárias para a observabilidade?
Para obter insights do enorme volume de dados utilizados ao longo dos processos, as corporações deverão contar com ferramentas aprimoradas para ter uma visão completa, como:
- Monitoramento de infraestrutura: visa ajudar a determinar a integridade e o desempenho dos contêineres e do ambiente em que os aplicativos são executados;
- Monitoramento do desempenho do aplicativo: investiga o comportamento de seus aplicativos no nível de serviço. Também ajuda a determinar para onde as chamadas estão indo e como elas são executadas;
- Monitoramento de usuários reais: para ajudar a compreender a experiência de usuários reais, com base na coleta de dados de navegadores sobre o desempenho e a aparência do site corporativo. Também consegue isolar problemas para o front-end ou back-end.
- Monitoramento sintético: ideal para avaliar o impacto que lançamentos, APIs de terceiros e problemas de rede têm no desempenho e na confiabilidade do aplicativo utilizado.
- Visualização de logs: ferramenta usada para que as empresas consigam se aprofundar nas causas para o surgimento de problemas ao longo dos processos, ajudando a entender quais são as melhores soluções para corrigi-los rapidamente.
- Resposta a incidentes: adequada para alertar as equipes quanto à correção de problemas e fornecer os dados necessários para que a ação seja bem-sucedida em um único lugar.
Conclusão:
A observabilidade, embora consiga absorver e ampliar os sistemas de monitoramento tradicionais, é uma mentalidade e, por essa razão, não deve ser definida como uma prática. Com base nesse conceito, as corporações conseguem lidar com a complexidade da arquitetura e dos aplicativos modernos, respondendo perguntas referentes aos seus negócios e aplicativos.
Ela fornece visibilidade de ponta a ponta em todo o sistema corporativo, a fim de garantir que as empresas consigam alcançar resultados quantificáveis. Além disso, usa dados para fornecer insights automaticamente, prevendo erros e, consequentemente, trabalhando para proporcionar experiências mais agradáveis para os usuários.
É a metodologia que consiste em corrigir problemas rapidamente, deixando mais tempo para iniciativas estratégicas. Logo, a melhor maneira de alcançar a observabilidade é se comprometer com a mentalidade e, posteriormente, adotar uma abordagem que ofereça o poder de seguir qualquer solicitação ou incidente do usuário.
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