Muitos processos empresariais precisam ser também digitalizados para favorecer as empresas que estão na Indústria 4.0.
Fábricas inteligentes se resumem a três características básicas: elas devem ser responsivas, flexíveis e conectadas.
Expandindo um pouco mais esses conceitos, as empresas que estão incluídas no que está sendo chamado de Indústria 4.0 tem a interoperabilidade entre o homem e a máquina, que conectados se comunicam e a virtualização, com a conexão entre dados dos sensores das máquinas com modelos de simulação, que ensinam a forma correta do robô trabalhar.
Além da descentralização dos processos, em que o aprendizado das máquinas permite que sistemas ciberfísicios tomem suas próprias decisões baseadas em repetições de padrões e programação de modelos, da capacidade de atuar em tempo real a partir dos inúmeros dados gerados imediatamente, agilizado o processo de tomada de decisão por parte dos gestores e, por fim, a modularidade, com a possibilidade de substituir ou expandir módulos individuais de produção.
Pode parecer simples, mas a fábrica inteligente quebra paradigmas seculares nos processos produtivos ao incluir ferramentas tecnológicas, sensores, robôs, automatização. As operações deixam de ser lineares e sequenciais e passam a ser um sistema interconectado e aberto, que está sendo denominado como cadeia de fornecimento digital (digital supply network).
A partir dessa cadeia, alguns processos empresariais serão também digitalizados para favorecer as empresas que estão na Indústria 4.0, como por exemplo, o desenvolvimento de produtos, o relacionamento com os clientes e o local de trabalho.
O objetivo é criar uma alta conectividade entre os sistemas para que eles sejam transparentes para todas as pessoas envolvidas na cadeia suprimentos, desde o desenhista de um sapato, por exemplo, até os fornecedores dos componentes, a equipe que irá fabricá-lo, conferir e embalar, a empresa de logística que irá entregar, a loja que irá vender até o cliente que irá comprar.
Cadeia de suprimentos digitalizada colabora para melhoria do atendimento ao cliente final
A partir da conexão entre seus fornecedores e empresas de logística, a marca de artigos esportivos Adidas conseguiu transformar sua fábrica de produção massiva em uma pequena empresa para a produção artesanal de um modelo super personalizado para um determinado cliente final.
O que permitiu essa possibilidade foi a melhoria da visibilidade e colaboração na cadeia de suprimentos, criando a Speedfactory, uma fábrica automatizada, que trabalha em alta velocidade a partir de robotização, que está instalada na Alemanha.
Fábrica inteligente com cadeia de suprimentos digitalizada é sinal de entrega rápida, eficiente, customizada e focada no cliente.
No supply chain, a moeda de ouro é a previsibilidade das ações. Sabendo do tamanho de um carregamento e local de destino de uma carga, por exemplo, a transportadora consegue se organizar para despachar o material no prazo adequado e necessário para o cliente.
Conhecendo também qual será esse produto e o prazo de entrega ao destino final, os fornecedores conseguem se organizar para entregar a quantidade de peças que serão necessárias para montá-lo em tempo hábil.
Em resumo, a Indústria 4.0 está discutindo a transformação digital de seus processos industriais, que estão sim trazendo benefícios para as empresas que estão automatizando suas ações. Porém, com o pensamento na melhoria do relacionamento com o cliente final, logo em breve a digitalização deverá extrapolar as quatro paredes da fábrica e alcançar definitivamente toda a cadeia de suprimentos.
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