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Nossa Analyst, Purchasing TD SYNNEX e embaixadora do Green Team Brasil, Daniele Fernandes Trugillo, entrevistou a bióloga Thairine Moreno sobre o impacto ambiental do descarte incorreto de lixo eletrônico, principalmente para os mares.
O que acontece quando descartamos nosso lixo eletrônico de forma errada e ele vai parar no mar?
Esse mês tivemos o dia Nacional do Mar, comemorado no dia 12/10 e nosso Green Team junto com o James Muraki, Purchasing Manager, e Anderson Cordeiro, Procurement Manager, conversaram com a Bióloga Thairine Moreno, do perfil @artmanhaeco sobre o quanto o lixo eletrônico afeta os mares, quando descartados incorretamente.
Daniele: “Muitas pessoas quando pensam em poluição do mar acham que estamos falando de jogar lixo nas praias e diretamente no mar, mas na realidade é qualquer descarte incorreto, não é? “
Thairine: “Exatamente! Tem até fotos pela internet de bueiros pintados com a escrita: O mar começa aqui. Então, por exemplo, se a gente não coloca o nosso lixo na rua no horário certinho da coleta, pode vir uma chuva forte e levar esse lixo para um local que não será o aterro. Se jogamos uma bituca de cigarro ou plástico de bala pela janela do carro, também. Todo esse lixo que sai da rota do aterro acaba parando em córregos, rios, que vão parar onde? No mar. “
Daniele: “E quanto ao lixo eletrônico, como é o impacto dele no mar?”
Thairine: “Todo esse percurso que o lixo faz vai fazendo com que ele vá se deteriorando. Por exemplo, o plástico que está presente nos equipamentos eletroeletrônicos, se torna microplásticos, aí o peixinho vai lá e come. Esse peixe vem parar na nossa refeição e já tem até estudos que comprovaram que o microplástico já foi encontrado na corrente sanguínea e até em fetos. A mesma coisa acontece com os outros componentes, como os metais pesados.”
Daniele: “Qual dica que você dá para sabermos descartar corretamente esses materiais?”
Thairine: “O principal caminho é a informação. As pessoas são carentes desse tipo de informação e o que vocês estão fazendo é muito importante. Quanto mais pessoas tiverem o acesso a isso, mais pensamentos e atitudes serão mudados, principalmente ao saberem do quão poluentes e nocivos esses metais são. Há pontos de coletas em estações do Metrô, supermercados e muitas empresas fazem a logística reversa.”
James: “Os ecopontos da prefeitura recolhem esse tipo de material?”
Thairine: “Depende do município. Em Santo André, onde moro, eles recolhem qualquer tipo de resíduo, inclusive, eletrônico. Em São Paulo, eu sei que a Loga, que é a empresa que faz esse trabalho em algumas regiões, também recebe. Vale a pena também consultar o site eCycle e ver qual local mais próximo da sua residência recebe esse tipo de material, caso o ecoponto da sua cidade não receba.”
No lixo eletrônico encontramos arsênio, cádmio, cloreto de amônia, chumbo e mercúrio, que são metais pesados que poluem de diversos ecossistemas, tanto terrestres quanto aquáticos. Veja abaixo em quais produtos encontramos esses metais:
Arsênio: muito comum encontrarmos em celulares.
Cádmio: está presente nos componentes de computadores, monitores e baterias.
Cloreto de amônia: está na composição, também, de baterias de celulares e notebooks.
Chumbo: encontramos em componentes de computadores, televisões e aparelhos celulares.
Mercúrio: esse metal está em computadores, televisões, aparelhos celulares e lâmpadas fluorescentes. Ele é um dos metais que mais contamina a água e peixes, que por consequência, contamina nós, humanos, que consumimos peixes e frutos do mar.
Recentemente a ONU (Organização das Nações Unidas) publicou que apenas 17% do lixo eletrônico produzido, que é mais de 50 milhões de toneladas (uma média de 7kg por pessoa da Terra) é reciclado. Todo restante ou é descartado no meio ambiente ou enviado para países de baixa renda para a extração de materiais de alto valor no mercado de forma análoga à escravidão, inclusive, de crianças. Confira a matéria completa clicando aqui.
Aproveite para relembrar aqui dicas de quais itens são considerados como lixo eletrônico e como fazer o descarte adequado do seu.
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*Colaboração James Muraki, Purchasing Manager, e Anderson Cordeiro, Procurement Manager.
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