Para combater cibercrimes não adianta apenas investir em tecnologias de segurança da informação, é necessário sinergia entre tais recursos e seus usuários. E conscientizar pode ser mais difícil do que parece.
As facilidades na comunicação proporcionadas pela tecnologia digital e promovida por plataformas sociais, nuvem, big data e mobilidade – são incontáveis e trazem benefícios a empresas e pessoas de todo o mundo. Entretanto, aguçam e despertam também o interesse de cibercriminosos.
Um relatório intitulado “Norton Cyber Security Insights Report 2017” apontou que os prejuízos com o cibercrime somou, apenas em 2017, a cifra de R$ 538 bilhões nos 20 países analisados pela pesquisa. Só no Brasil, o prejuízo somou R$ 69 bilhões, impactando diretamente 62 milhões de pessoas por aqui e mostrando que os cibercriminosos brasileiros estão se profissionalizando cada vez mais.
Outro dado importante revelado pelo relatório é que alguns hábitos da vida online dos brasileiros comprometem a segurança digital: 59% dos entrevistados afirmaram que compartilham senhas, 34% as escrevem em pedaços de papel, 24% usam a mesma senha em todas as contas online e 19% admitiram que não contam com qualquer proteção antivírus, um verdadeiro canal de entrada para softwares maliciosos.
Mas como mudar essa realidade de exposição aos cibercrimes?
Investir e implementar novas tecnologias de segurança da informação é essencial para prevenir a ação de criminosos digitais, combatendo código maliciosos que quebram senhas, roubam e manipulam documentos e informações, destruam dados, entre outros. E essa necessidade fica ainda mais latente dentro das empresas e corporações, onde a prevenção não é levada tão a sério por profissionais que não são da área de TI. Resumidamente, não adianta investir muito em segurança se as pessoas que lidam diariamente com as informações permanecerem expostas aos riscos do cibercrime.
É importante que todos os colaboradores sigam procedimentos de segurança digital, que precisam estar nas mentes dos funcionários. Uma forma de fazer isso é incluir tais procedimentos e cuidados à cultura da empresa, informando novos colaboradores da organização, no momento do processo de integração, como esse assunto é relevante e levado a sério pela empresa.
9 principais cuidados para se ter segurança virtual
1 – Invista em segurança da informação como ação preventiva. Assim, é possível proteger dados, arquivos e informações. No caso de empresas, implante políticas de segurança e mostre a importância de utilizá-las da maneira correta.
2 – Instale um antivírus confiável para bloquear ameaças e eliminar vírus, e ative o firewall a fim de evitar a invasão de códigos maliciosos.
3 – Faça o backup regularmente. Essa é a melhor forma de evitar a perda permanente das informações, realizando cópias em HD’s ou servidores remotos.
4 – Mantenha o sistema operacional e softwares de segurança atualizados. Desta forma, o computador estará menos exposto a cibercriminosos.
5 – Escolha senhas mais complexas, que misturam números, letras e caracteres especiais. Outra importante dica é não utilizar a mesma senha para acessar várias contas virtuais. Com relação aos navegadores, nunca salve senhas ou outras informações.
6 – Cuidado com e-mail e sites principalmente se estes envolverem downloads e ou transações comerciais. Acesse apenas fontes confiáveis, conhecidas e de boa reputação.
7 – Dê preferência a redes de Wi-fi seguras, evitando possíveis acessos à internet através de redes infectadas.
8 – Empresas devem sempre se preocupar com inventários digitais. Ambientes corporativos precisam mapear e listar detalhadamente todos os equipamentos em uso para monitoramento e verificação de possíveis ameaças.
9 – Sempre que tiver em ambiente online, tenha em mente de que é preciso utilizar com sabedoria, usando o senso crítico. Descontos imperdíveis, promoções incríveis ou qualquer tipo de ação boa demais pode ser fraudulenta. Ou seja, pense antes de clicar.
O cibercrime também é uma questão de segurança pública. Entretanto, devido à carência de peritos digitais na área de computação forense, é necessário tomar todas as medidas protetivas dentro da própria casa ou nas empresas, isso inclui o investimento em equipamentos e software, o acompanhamento das tecnologias de segurança adotadas e a mudança de hábitos. Esta última – talvez - a mais difícil de alcançar, é somente possível quando se trata a segurança da informação como política permanente, seja no ambiente corporativo ou doméstico.
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