Descubra o que é o golpe da mão fantasma e veja como se proteger desse ataque virtual!
O número de ataques cibernéticos em celulares tem crescido. Somente nos primeiros oito meses de 2021 houve um aumento de 23% comparado ao mesmo período do ano anterior, segundo o Panorama de Ameaças 2021 da Kaspersky.
Além de terem se intensificado, novas ameaças estão surgindo – e cada vez mais sofisticadas. Os hackers estão estudando o comportamento dos usuários na internet para acessar dados sigilosos.
O exemplo perfeito dessa prática é o ataque virtual chamado “mão fantasma” que tem preocupado muitas pessoas e instituições nos últimos meses de 2022.
Continue a leitura para acompanhar os seguintes tópicos:
- Como o ataque mão de fantasma acontece?
- Como identificar uma tentativa de golpe mão fantasma?
- Como se proteger do ataque mão fantasma?
A Polícia Federal constatou que mais de 40 mil usuários já foram vítimas dessa ameaça no Brasil – e a tendência é que esse número cresça ainda mais se as pessoas não tiverem conhecimento de sua existência e das melhores práticas de proteção.
No ataque mão fantasma, o cibercriminoso se passa por uma instituição que a vítima confia ou tem uma conta, solicitando a instalação ou atualização de um software ou aplicativo em seu celular que, na verdade, trata-se de um malware.
Após executar o download, os hackers têm acesso ao dispositivo, conseguindo encontrar senhas e entrar em aplicativos de bancos para realizar ações maliciosas, como transferências bancárias.
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Por se tratar de um ciberataque relativamente novo e que se fortaleceu bastante nos últimos dois anos, tudo indica que ele será cada vez mais comum. Continue acompanhando o artigo abaixo para saber mais sobre esse golpe e descobrir como se proteger dele:
Como o ataque mão de fantasma acontece?
Durante a execução do ataque mão fantasma, o hacker utiliza alguns canais de comunicação para estabelecer um diálogo com a vítima, podendo enviar um e-mail (semelhante a um ataque phishing) ou mensagem de texto indicando que houve alguma movimentação suspeita na conta, tentativa de invasão, fraude ou compra suspeita.
Muitas vezes esse aviso alarmista também é recebido via ligação telefônica, em que o cibercriminoso argumenta e expõem os motivos pelos quais o usuário deve "proteger" sua conta para evitar que ações como essa o prejudiquem, passando credibilidade e conquistando a confiança da vítima, prometendo solucionar o problema.
Movidos a preocupação e buscando mais segurança, as pessoas clicam em links e efetuam o download de aplicativos, softwares e atualizações recomendadas em seus celulares, sem saber que os hackers poderão acessá-los em tempo real para obter todas as informações que precisam para executar ações maliciosas.
Tendo acesso facilitado ao dispositivo móvel, o cibercriminoso consegue assumir o controle do aparelho, podendo solicitar empréstimos, transferir valores, pagar boletos e efetuar várias outras transições financeiras, sem que o usuário tenha consciência do que está acontecendo.
Como identificar uma tentativa de golpe mão fantasma?
Durante um ataque de mão fantasma, a vítima perde o comando de seu próprio celular, ou seja, não consegue mais acessar nenhum aplicativo, efetuar chamadas ou acessar páginas. É como se a tela perdesse sua funcionalidade e não respondesse mais aos toques do usuário.
São sinais de alerta que exigem que uma atitude seja tomada com agilidade para evitar prejuízos. Ao identificar aspectos como esse, o recomendado é usar outro dispositivo o mais rápido possível para bloquear contas e cartões.
Também é possível identificar uma tentativa de golpe já no primeiro contato com o cibercriminoso, lembrando que as agências bancárias não solicitam a instalação de nenhum aplicativo ou enviam links via e-mail, SMS e outros canais de comunicação, sem que o cliente tenha solicitado.
Além disso, os aplicativos oficiais dos bancos já possuem vários critérios de segurança para impedir que outro usuário tenha acesso às suas informações. Não é necessário instalar mais de um.
Em caso de dúvidas, visitar ou ligar no canal de atendimento oficial do banco é a melhor alternativa para não cair nesse tipo de ataque cibernético.
Após entender o que é essa ameaça e como detectá-la, descubra como se proteger.
Como se proteger do ataque mão fantasma?
Para garantir a segurança e evitar ser mais uma vítima dessa ameaça virtual, atente-se às melhores práticas:
- Não faça downloads de aplicativos desconhecidos;
- Não clique em links enviados por SMS, WhatsApp e e-mail enviados de remetentes que você não conhece;
- Entre em contato com os canais de comunicação oficiais da sua agência bancária em caso de abordagens suspeitas;
- Ative a autenticação de dois fatores nos aplicativos para autorizar transações;
- Consulte os aplicativos disponibilizados pelo banco;
- Altere senhas regularmente e se atente às recomendações para desenvolver uma senha considerada "forte" pelo sistema;
- Caso identifique uma transição suspeita na sua conta, bloqueie o cartão ou a conta imediatamente e entre em contato com o banco;
- Acione a polícia caso seja vítima do ataque mão fantasma (registre boletim de ocorrência em uma delegacia e dê prioridade para as especializadas em crimes digitais).
Em conclusão, a ameaça cibernética mão fantasma garante que os cibercriminosos realizem transações, fraudes e outras ações maliciosas no dispositivo de um usuário, após convencê-lo de que sua conta bancária estava em perigo.
Com ataques cada vez mais sofisticados, os hackers enviam mensagens de texto, e-mails ou efetuam ligações telefônicas para informar que alguma atividade suspeita aconteceu na conta da vítima.
Prometendo solucionar esse problema, recomendam que o usuário instale um aplicativo ou faça uma atualização em seu dispositivo. Após essa ação, sem saber, a vítima concede total acesso a seu celular.
O número de vítimas desse golpe virtual no Brasil já ultrapassa a marca de 40 mil pessoas. Essa estatística indica que praticar boas práticas de segurança deixou de ser uma escolha e tornou-se uma verdadeira necessidade.
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