O Sistema de Prevenção de Perdas de Dados é uma garantia que as empresas têm para proteger conteúdos confidenciais. Sua implementação depende apenas do bom planejamento e alinhamento corporativo.
Antes de explicar como implementar um Sistema de Prevenção de Perda de Dados, comumente chamado de Data Loss Prevention (DLP), é preciso entender bem seu funcionamento. O DLP é um sistema que garante que dados confidenciais não sejam perdidos, roubados, acessados por usuários não autorizados, mal utilizados ou vazados por pessoas mal-intencionadas. São diversos os benefícios deste tipo de sistema, mas um dos mais atrativas para as empresas é que sua adoção reduz a complexidade das rotinas de segurança de redes corporativas, refletindo em um custo menor para a garantia da segurança digital.
Implementar projetos de DLP de maneira adequada não requer planos excessivamente complexos. Definindo a abordagem inicial e os objetivos que são mais rápidos de mensurar, de acordo com as estratégias da empresa, é possível comprovar resultados em um curto espaço de tempo. Em um processo de apenas cinco passos, é possível uma boa implementação do projeto. As etapas são: Análise; Construção da Política de Segurança; Educação da Política de Segurança; Ação e, por fim, a Avaliação do Projeto.
1º Passo – Análise
A fase de análise serve para o entendimento do contexto de quais documentos precisam receber as devidas proteções. Quais são os dados sensíveis e de relevância para a empresa? Como eles são usados e armazenados na organização?
Para atingir com clareza esta fase, documente as ações necessárias, identifique quais os impactos que essa proteção e as regras de uso criadas vão trazer, levante os principais pontos que merecem mais atenção e compartilhe-os com os líderes da empresa. Para finalizar, defina uma política que estimule o comportamento protetivo dos dados.
2º Passo – Construção da Política de Segurança
Utilize as informações obtidas na fase de análise e aprofunde o conhecimento para determinar a linha de base da Política de Segurança. Identifique a sensibilidade dos dados e classifique-os em grupos e tipos de arquivo, conforme a necessidade da organização. Em seguida, desenvolva regras de alerta destinadas a usuários e administradores, que serão úteis futuramente caso opte por bloquear uma ação feita por qualquer pessoa dentro do sistema de proteção.
3º Passo – Educação das Políticas de Segurança
Os colaboradores podem representar o maior risco da empresa quando o assunto é proteção dos dados. Por isso, é importante que eles estejam alinhados com a Política de Segurança desenvolvida no passo anterior. Caso identifique no sistema DLP que houve uso arbitrário dos dados confidenciais, eduque em tempo real, mostrando e comprovando que o sistema identificou o uso indevido da informação, solicitando uma justificativa para tal uso e, ainda, educando o colaborador com um reforço positivo.
4º Passo - Ação
Após a implementação e começo do uso do sistema, será possível observar quais ações são mais prejudiciais e quais precisam de maior atenção. Tendo essa primeira experiência, crie políticas de bloqueio e de criptografia para proteção total dos dados. É necessário, nessa etapa, a observância dos fluxos de comunicação e dos ajustes necessários, a administração de alertas e a separação dos níveis das informações em blocos.
Mantenha toda a equipe alinhada com os resultados obtidos após a implementação do sistema, principalmente líderes e gerentes. Com o envolvimento hierárquico adequado, será mais fácil transmitir a importância da proteção de dados aos outros colaboradores e obter, assim, uma sinergia contínua e cíclica.
5º Passo – Avaliação
Sistemas DLP oferecem diversos mecanismos para avaliação e aprimoramento contínuo dos procedimentos de segurança. De nada vão valer essas informações se não houver uma análise crítica e permanente. A realidade das empresas estão continuamente se modificando, por isso, é importante que o sistema seja avaliado sempre e acompanhe a evolução corporativa. Se necessário, faça as correções observadas a fim de manter a seguridade das informações.
O ideal é que a Política de Segurança faça parte da cultura empresarial. Caso não faça, as ações educacionais e de acompanhamento serão responsáveis por essa mudança no comportamento dos colaboradores. O que se pode observar é que, em empresas que estão apenas preocupadas com o fluxo de trabalho de seus funcionários, as implementações DLP servem apenas para monitoramento, enquanto em corporações com maturidade nesta cultura de proteção de dados possuem regras rígidas e são fortemente regulamentadas.
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