A Governança de Dados permite o gerenciamento adequado das informações, como o devido armazenamento, uso, interação e segurança. Mas sua aplicação pode ser desastrosa se alguns cuidados não forem tomados.
Há muito tempo que o setor de TI deixou de ser aquele responsável pelas licenças de softwares e de hardwares compatíveis. Com o atual volume de dados criados a partir de um cotidiano cada vez mais informatizado e digital, gerir esses dados da melhor maneira também se tornou uma ferramenta indispensável para empresas competitivas.
A Governança de Dados é um conceito que se refere ao gerenciamento das informações, sua disponibilidade, seu uso otimizado e sua segurança. Trata-se de um conjunto de práticas e padrões estruturados dentro da organização para que riscos sejam minimizados, desempenhos e análises otimizados e, assim, custos reduzidos. No mundo atual, saber lidar com estes ativos digitais torna as empresas cada vez mais lucrativas e bem-sucedidas. E, afinal, esse é o objetivo de todos os colaboradores.
Todas as empresas devem ter essa preocupação, já que bons gerentes e coordenadores de equipe sabem o quão valioso é poder contar com dados íntegros e eficientes, auxiliando nas tomadas de decisão. Dados ruins consomem tempo, aumentam os custos, enfraquecem a estrutura e irritam clientes. Todos sabem disso. Contudo, de acordo com um artigo da Harvard Business Review, somente 3% das empresas atingem níveis satisfatórios na Governança de Dados.
O conceito é simples, a implementação, entretanto, precisa ser feita de forma eficiente para que o projeto não seja apenas viável no papel e traga soluções práticas de verdade.
Para ajudar seus clientes a implementarem esse gerenciamento adequado e com sucesso, preparamos 6 pontos críticos que facilitam sua implementação, evitando assim as principais falhas cometidas pelas empresas. Veja a seguir:
Envolvimento
A implementação de qualquer projeto tem como um dos principais desafios engajar as pessoas envolvidas. Imagine então como pode ser difícil envolver todos os funcionários da organização. É por isso que o empenho dos líderes deve ir além, traçando objetivos e diretrizes, e estabelecendo de forma transparente e direta as responsabilidades atribuídas a cada colaborador.
Paciência
A implementação da Governança de Dados não ocorrerá de uma hora para outra, principalmente quando esta política ainda não faz parte da cultura da empresa. Portanto, separe o processo de implementação em passos menores, facilitando a absorção de todos os envolvidos e tornando tangível cada passo conquistado. É um jogo de paciência, mas desta forma, será mais fácil de vencê-lo.
Porta-voz
As diversas unidades do negócio precisam nomear um representante dentro do projeto. A ideia é que essa pessoa facilite o diálogo entre as equipes em uma rotina pré-estabelecida. Com prioridades conflitantes entre os departamentos, o porta-voz de cada um deles assegura que seu time alcance os objetivos, construindo desta maneira um ambiente mais colaborativo dentro da corporação.
A comunicação com a equipe de TI
A apatia entre a equipe de TI e os outros setores, muito comum em diversas empresas, deve ser simplesmente esquecida. O departamento de Tecnologia da Informação é um forte aliado na implementação e gestão da Governança de Dados. Os setores precisam ser transparentes com relação às suas necessidades, assim como a plataforma analítica selecionada, normalmente definida pela equipe de TI, deve ser capaz de preencher tais lacunas. A dica é que os processos tenham monitoramento contínuo e que toda a estrutura de gerenciamento de dados seja adaptável a mudanças.
Padronização das tecnologias e dados
De nada adianta a implementação se os colaboradores continuarem tocando processos paralelos, com apresentações de diversos editores distintos ou com planilhas e controles pessoais. Neste ponto, será um desafio convencer algumas pessoas a abrirem mão de suas preferências pessoais. Entretanto, seja firme e mostre a importância deste passo. Os dados também precisam ter consistência na forma que são disponibilizados e nomeados. Por isso, mais uma vez, a dica é padronize tudo que for possível.
O administrador de dados
É preciso que, após o início da governança, uma pessoa fique responsável pela gerência de dados, são os chamados Chief Data Officer (CDO). Ele deve ser a referência na empresa quando o assunto envolve a disponibilidade, uso e integridade dos dados.
A Governança de Dados pode ser de difícil implementação, entretanto, trará velocidade estratégica e confiabilidade de dados às empresas. E qual é a corporação que não procura justamente isso em um mundo cada vez mais competitivo?
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