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Educação e Tecnologia: quais os novos paradigmas?

As novas tecnologias educacionais são verdadeiros facilitadores para as instituições de ensino. Saiba mais sobre as vantagens de se adotar metodologias inovadoras e tecnológicas.

Que a internet, bem como os avanços das novas tecnologias, traçaram novos rumos para a construção do saber, oferecendo mais e melhores ferramentas para o processo de ensinar e experiências incríveis para o de aprender, muito mais interessantes, eficientes e personalizadas, não se discute.

O fato é que nunca nos vimos diante de tantas e diversas formas de ensinar, de se ler além das frases, compreender além das imagens e aprender além da sala de aula e a Bett Show, em Londres/UK, muito bem retratou tudo isso, não somente através de seus expositores, como também por meio das incríveis palestras realizadas.

As novas tecnologias educacionais vieram como um importante e inimaginável facilitador, tanto no âmbito administrativo como pedagógico, não somente potencializando a adoção de novas metodologias, mas, sobretudo, aprimorando a utilização das já existentes.

Na Bett Show pude ver de perto o poder de alcance das ferramentas educacionais para a promoção de uma educação colaborativa, com oportunidade para trocas de experiências, para o conhecimento compartilhado, a força e o diferencial do ensino integrado ao dia a dia por meio de diversas soluções, a importância da facilidade de acesso a informação, enfim, algo que podemos considerar como uma verdadeira e perfeita combinação de benefícios, a começar pela visível possibilidade da interação em sala de aula, além da incrível oportunidade de sua extensão para fora dos domínios físicos.

Diante de todas as possibilidades e oportunidades, enquanto desfrutava daquele ambiente criativo e inovador, fiquei pensando sobre a quantidade de usuários que circulam em redes escolares. São professores, alunos, funcionários terceirizados, colaboradores, administradores, entre vários outros.
A consequência disso são inúmeras aplicações e intenso tráfego pelo site e redes da instituição, o que por certo acaba gerando muitas demandas às equipes de TI e a necessidade de maior cautela em termos de segurança, sobretudo no que se refere à proteção de dados pessoais, um dos temas mais interessantes e discutido atualmente em todo mundo, para o qual o Direito brasileiro está atento e já representado pela Lei 13709 de 14 de agosto de 2018, impactante marco legal.

São diversos dispositivos conectados para acessos aos incríveis recursos educacionais providos pela instituição para personalizar o aprendizado, proporcionar experiências e incentivar a colaboração entre alunos e professores. O que achei ótimo e instigante, desde que a segurança predomine. Sobre este quesito, não tive a oportunidade de ouvir profissionais do direito explorando, infelizmente.

Logo, promover uma gestão eficiente capaz de otimizar processos, administrar recursos financeiros, dados e serviços, é imprescindível. E perceber que as novas tecnologias educacionais vêm surgindo, também e felizmente, para suprir tal necessidade foi muito bom. Costumo dizer que as novas tecnologias vieram para resolver muitos problemas, inclusive aqueles que não existiam antes delas.

Pude perceber que a presença da tecnologia digital na gestão escolar tende a, não somente mitigar os riscos, mas contribuir para melhor assertividade na tomada de decisões, controle e acesso a dados e informações relevantes, o que é simplesmente incrível.

Inconteste, utilizar as novas tecnologias na educação está longe de ser uma prerrogativa, pelo contrário, já que temos entre os objetivos da educação, contribuir para que educandos bem exercitem a cidadania e estejam preparados para o mercado de trabalho.

Compreender as tecnologias educacionais como aliadas no processo ensino aprendizagem é, sem dúvida, fundamental para que delas se tire o melhor e mais seguro proveito. Aliás, faço questão de sempre enfatizar em minhas palestras que um dos métodos mais eficazes para que crianças e adolescentes não sejam vítimas ou infratores de crimes e ilícitos cibernéticos, é, com toda certeza, o bem direcionar e estabelecer propósitos para seu uso.

As novas tecnologias educacionais, se e quando utilizadas por bons profissionais, tornam-se mecanismos espetaculares e incomparáveis a qualquer outro, já que somente se atreladas a um projeto pedagógico consistente, serão capazes de produzir os melhores resultados. Aliás, este foi um dos pontos mais falados por especialistas durante as palestras ministradas ao longo do evento. Não basta dispor de recursos tecnológicos, o seu uso precisa fazer sentido e para todos: professores e alunos.

A gamificação no ensino, por exemplo, também presente no Congresso, excelente estratégia para promover o trabalho em equipe, a criatividade, concentração e a flexibilidade. Isso sem contar no entusiasmo dos participantes que, de forma absolutamente lúdica e agradável, adquirem o conhecimento através de uma estrutura totalmente inovadora e que envolve metas e objetivos a serem alcançados.

Outros dois avanços que percebi bem presentes no evento que, sem dúvida, são capazes de tornar o aprendizado muito mais dinâmico e interativo são: a realidade aumentada e a realidade virtual. A primeira contribui para a integração do mundo digital nas atividades do dia a dia, gerando uma experiência inigualável. Já a realidade virtual, é pura emoção, já que pode, por exemplo, fazer com que o aluno se sinta parte de um cenário, cultura, espaço ou universo completamente a parte daquele que efetivamente se encontra. Não havia quem não parasse nos stands para experimentar a sensação.

Não é segredo que um dos maiores desafios sempre foi e continua sendo despertar nos estudantes o desejo de aprender e as novas tecnologias muito podem (e tem) contribuído para isto. Quando que se imaginou que a programação pudesse representar uma ferramenta capaz de inovar nas crianças a forma de pensar, analisar e resolver situações adversas? Idem com relação a robótica que, estrategicamente, desperta nos alunos o interesse pela matemática, física e até engenharia.

Sim, não só no Brasil, mas no mundo, as novas gerações estão nitidamente sedentas por uma participação mais ativa no processo ensino aprendizagem, o que acaba demandando a adoção de novas metodologias, como a STEAM, baseada em projetos focados na formação de pessoas com diversos conhecimentos, um termo em inglês que conceitua a aliança da ciência com a tecnologia, engenharia, artes e matemática, e muito explorada por diversos expositores do evento. Aliás, outro ponto que me chamou e muito a atenção foi a presença massiva de crianças pela feira e totalmente focadas em seus interesses, explorando o ambiente com invejável habilidade.

São infinitos os efeitos e possibilidades que as novas tecnologias digitais podem gerar para a educação. Assim como a criatividade, o pensamento crítico também representa uma habilidade crucial para esta nova era, não somente a serem adquiridas e exercitadas pelas novas gerações, mas, sobretudo por aqueles que, de alguma forma, fazem parte de suas vidas, como pais, professores e mentores.

Não por acaso, um dos assuntos que ganhou notável relevância na Bett Show, com palestras protagonizadas por inspiradores speakers, foi habilidades do século XXI. Como e por que estimular os alunos de hoje a utilizar este potencial da melhor maneira, formar professores e usufruir dos avanços tecnológicos para este fim?

E, novamente, sim, a sociedade da informação nos obriga a constantemente nos reinventarmos e, principalmente, aceitarmos e nos adequarmos às necessárias mudanças, sobretudo quando ocupamos o fascinante papel de educador.

Logo, dando continuidade à parceria firmada entre Nethics Educação Digital e Westcon-Comstor, bem como aos trabalhos desenvolvidos no âmbito desta sinérgica soma de esforços ao longo de 2018, temos pela frente novas e assertivas ações para serem exploradas, materiais sendo cuidadosa e estrategicamente desenvolvidos, debates sendo realizados e profissionais sendo capacitados para, não somente apresentarem seus produtos pelo incrível potencial que oferecem, mas, sobretudo, pela segurança e eficiência que igualmente representam.

Para tanto e por fim, uma frase que bem ilustra esta incrível experiência que pude desfrutar é a do saudoso e inspirador patrono da educação, Paulo Freire: “Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso, aprendemos sempre.”

Por Alessandra Borelli

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