Realizar o backup da forma correta e investir em monitoramento constante garantem uma virtualização segura.
A virtualização saiu dos laboratórios de testes para ingressar de vez no meio corporativo, mesmo que alguns especialistas acreditem que ela seja apenas uma tendência. Na verdade, a virtualização passará a fazer parte da estrutura de TI de qualquer empresa cedo ou tarde, devido às suas inúmeras vantagens.
Apesar de proporcionar soluções, a virtualização ainda cresce de forma desordenada, sem métodos e orientações para evitar problemas. Para saber identificar o que é viável ou não, trouxemos as melhores práticas para aplicar no processo de virtualização e, também, vamos explicar quais são os erros comumente cometidos e que devem ser evitados.
Melhores práticas
1. Backup
Máquinas virtuais também precisam ter uma rotina de backups do mesmo modo que os sistemas físicos. A diferença é que há algumas formas diferentes de fazer backup em sistemas virtuais. É possível fazer o backup integral (VM como um todo) ou apenas dos dados contidos na máquina.
O backup integral demanda mais tempo e ocupa mais espaço em disco rígido. Já o backup de dados é mais flexível, muito mais rápido, requer menos espaço e sua recuperação é mais simples. Para as duas formas, é importante checar ao final se o backup foi bem-sucedido.
Como um servidor pode falhar, realizar os backups diariamente é uma boa estratégia para não perder dados. Para isso, contar com um programa de automatização pode ajudar.
2. Monitoramento
Antes e depois da virtualização, é interessante fazer um monitoramento do tempo de resposta do servidor. Assim, é possível analisar como foi o desempenho, ou seja, constatar se a migração para o virtual causou algum impacto.
Se o servidor não funcionar, será mais fácil encontrar o erro quando se tem um monitoramento antes da migração.
3. Trabalho em equipe
Criar métricas compartilhadas e estimular as equipes de TI a trabalharem juntas pode ser a solução para evitar um ambiente em que as equipes não assumam erros e não convivam em harmonia. Usar um dashboard que todos tenham acesso e monitorem as atividades pode ser uma boa saída.
Desavenças às vezes acontecem porque o departamento de TI é sempre formado por grupos distintos (analistas, desenvolvedores, administradores, etc) e, no momento da resolução de problemas, fica fácil nenhum grupo se responsabilizar.
4. Centralize
As máquinas virtuais são de fácil proliferação porque os hosts estão fisicamente espalhados em toda a empresa. Nos sistemas virtuais é fácil duplicar o convidado e, por isso, as máquinas virtuais se espalham e podem até causar perdas de dados.
Para proteger hosts e armazenamento da máquina virtual, é preciso colocá-los em locais seguros e centralizados. Evitando, assim, que seus discos virtuais ou físicos tenham seus dados confidenciais corrompidos ou perdidos.
Erros possíveis
1. Falta de redundâncias
Quando chega um novo servidor em uma pequena empresa, é costume iniciá-lo virtualizado. Mas com a alta demanda, costumam subir 4, 5 VM rodando no mesmo servidor físico, sem redundância. O que pode acontecer é que, se esse servidor falhar, vai ser difícil recuperar o ambiente.
É importante ressaltar que não é a virtualização que faz isso. O que causou essa ausência de redundância foi a falta de planejamento e investimento na infraestrutura. A saída para a empresa é investir na readequação do ambiente e fazer a compra de redundâncias necessárias. Fazer antes uma análise de risco pode ajudar na melhor decisão a tomar.
2. Licenciamento de aplicações
Algumas aplicações podem vincular seu licenciamento com uma máquina física e outras podem exigir todo o Cluster virtual, não importa em qual servidor a aplicação está rodando. É importante se atentar para isso, para evitar pagar licenças em exagero. Pode até ser vantajoso manter uma aplicação fora do Cluster, mesmo virtualizada. Assim, não precisa pagar as licenças extras.
3. Não monitorar
Já foi dito no item 2 de Melhores Práticas como o monitoramento é importante. Por isso, usar ferramentas que não conseguem fazer esse rastreamento pode resultar em diagnósticos com falhas.
Para ter eficiência, é preciso apostar em ferramentas específicas para o ambiente virtual. Até as ferramentas tradicionais já vêm com plugins para virtualização. Basta instalá-los e configurá-los corretamente.
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