O processamento dos dados coletados pela Internet das Coisas vai mudar o jeito que empresas enxergam os consumidores. Mais do que informações aleatórias e dados não estruturados, empresas querem entender melhor o comportamento de seus clientes.
O aparecimento e a evolução da Internet das Coisas, conhecida também como IoT (Internet of Things), tem interferido diretamente na forma como trabalham os mercados verticais. Normalmente bem segmentados e divididos em áreas, como Saúde, Varejo, Manufatura e Educação, estes mercados trabalham em setores separados, a fim de suprirem necessidades e evoluírem mais rapidamente em cada setor. Por exemplo, ao apostar na verticalização, uma revenda que pretende atender um nicho precisa criar o ambiente adequado para oferecer as soluções de todo aquele setor escolhido, se especializando nele.
Contudo, com a entrada da IoT, o cenário está diferente. Com a infinidade de dados de uso disponibilizados por sensores e chips embutidos, dados esses que serão cada vez mais volumosos, surge também a necessidade de aproveitá-los ao máximo, sejam com dados mais específicos de seus mercados ou não, transformando-os em informação. E é aí que entram ferramentas como o web analytics.
Os principais mercados verticais estão investindo muito em tecnologias da Internet das Coisas. Eles sabem que, quanto mais informações coletarem, melhor conhecerão seus clientes e, ainda, melhor podem definir estratégias, reduzindo custos, melhorando serviços ou antecipando uma demanda de mercado. E a análise destes dados pode, inclusive, mostrar informações mais pertinentes a outro segmento de mercado vertical. Por isso, a análise pode ser tão valiosa a partir do cruzamento destes dados.
Em um futuro não muito distante, por exemplo, o despertador do celular poderá ativar o aquecimento no banco do automóvel, a depender do serviço de meteorologia. Outro exemplo é o GPS coletar informações da geladeira doméstica quando identificar que o usuário parou em um supermercado. Resumindo, todos os dados coletados estarão se cruzando para oferecer a melhor experiência ao consumidor de produtos e serviços, serão dados se transformando em inteligência prática.
Atualmente, os principais mercados verticais associados à Internet das Coisas são os setores de manufatura, de serviços públicos e de transportes. Apenas o de transportes, em nível mundial, já conta com 736 milhões de equipamentos conectados. Um levantamento da consultoria Gartner apontou que, no início de 2017, aproximadamente 8,4 bilhões de produtos, como smarts TVs e sistemas inteligentes de iluminação, já estavam conectados em todo o mundo, número 31% maior que em 2016. Estima-se que, até 2020, mais de 20 bilhões de “coisas” estarão conectadas à internet. Analisando melhor esses dados, é como se pelo menos 2,5 dispositivos estivessem conectados à internet por cada pessoa do mundo. E esse número deve só aumentar.
Não somente por conta da Internet das Coisas, mas também pela utilização de Big Data, muitos dados não estruturados se tornam importantes para a realização de análises. Esses dados podem ser cruciais para captar melhor as tendências dos mercados e fazer análises preditivas. É possível, por isso, que muitas ferramentas analíticas orientadas ao Big Data também possam ser usadas, frente a soluções web analytics, para gerar soluções relacionadas à análise de dados da Internet das Coisas. Uma das funções está nos serviços com base na nuvem, que permitem que empresas processem dados em altos volumes com maior flexibilidade e com menor custo do que fazendo internamente, com a infraestrutura própria.
Escreva seu comentário