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Como escolher um servidor para a sua empresa?

Saiba mais informações sobre servidores e alternativas como a Cloud Computing e a virtualização de servidores.

Você tem uma empresa, que cresceu bastante nos últimos meses, e agora está buscando seu primeiro servidor para conectar todos os departamentos e serviços, visando uma expansão da companhia. Comprar seu primeiro servidor é um negócio importante e buscar informações é um passo essencial para uma boa compra.

Neste post, você encontrará algumas explicações dos princípios básicos da tecnologia que irão ajudá-lo a decidir qual classe de servidores trará os melhores resultados com base nas necessidades da sua empresa. Além disso, serão abordadas também algumas alternativas para explorar seu próprio servidor baseado na Nuvem e alguns modelos de uma das tendências mais esperadas em servidores: a virtualização.

O que é um Servidor?

Um servidor pequeno se parece muito com um PC de alto desempenho, porém é desenvolvido para executar tarefas diferentes. Um computador comum, normalmente é utilizado por apenas uma pessoa, com um sistema operacional amigável para executar aplicações do dia a dia como planilhas, processadores de texto, e-mails ou um navegador de Internet. Já os servidores trabalham a partir de um sistema operacional especializado e criado para suportar diversos usuários. Eles são projetados para rodar aplicações massivas como várias contas de e-mail, aplicativos de mensagens instantâneas, servidores de impressoras, programas de compartilhamento de calendários, diversas bases de dados, planejamento de recursos empresariais e softwares de gestão de relacionamento com o cliente.

Um servidor também facilita o compartilhamento de dados de forma colaborativa, já que ele opera como um repositório central para todos os documentos, imagens, contatos e outros arquivos importantes. Ele pode hospedar uma rede intranet da empresa para compartilhar informações com os colaboradores de forma rápida e econômica. Estabeleça uma VPN (Virtual Private Network) e seus colaboradores poderão acessar dados no servidor de forma remota, de qualquer lugar que tiver acesso básico à Internet. Além disso, um servidor pode automaticamente fazer um backup dos sistemas de PCs e notebooks de um ou mais colaboradores, o que significa que a empresa não perderá dados importantes se um dos computadores falharem, forem perdidos ou roubados.

Quer se atualizar sobre o tema? Confira outros conteúdos sobre servidores:
"O que considerar na segurança do servidor de uma empresa?"
"Como diminuir a superfície de ataque em servidores?"
"Como reduzir latência no servidor de seus clientes?"

Os servidores são criados para serem confiáveis, seguros e tolerantes a falhas, com opções de armazenamento, gerando redundância na rede interna. Se a sua empresa tem estimativas altas de crescimento, escolher um servidor que seja escalável e possa crescer junto com a companhia é essencial para que não sejam necessários investimentos extras em servidores.

No entanto, as questões mais importantes a serem feitas são:

• A minha empesa precisa de um servidor?
• Que tipo de servidor a minha empresa precisa?

Que tipo de servidor minha empresa precisa?

Se sua resposta foi positiva para a primeira pergunta, será preciso definir o tipo de servidor que você precisa.

Para escolher um servidor para a empresa, é necessário que o CIO tenha em mente o número exato e o tipo de aplicações que serão executadas, além do número de usuários (colaboradores) que a empresa tem. Aplicações como impressão, compartilhamento de arquivos de texto e planilhas de dados demandam processamentos muito leves, que podem ser supridos com um servidor único de baixo custo. Outras tarefas mais complexas como hospedar grandes bancos de dados ou bibliotecas de imagens requerem um poder de processamento maior aliado a Data Centers e redes com transmissão de dados mais potente.

A segurança de um servidor é crucial porque em uma rede cliente-servidor, se o servidor for desligado, os PC’s que utilizam a rede e o servidor não conseguirão trabalhar. O tempo de funcionamento também é um fator crítico para os servidores. Quanto mais a empresa depender do servidor para realizar o trabalho do dia a dia, mais robusto e potente o servidor precisa ser. E a potência não deve ser pensada apenas como o hardware, mas também qual software que executará o servidor, dois requisitos que geralmente são fornecidos separadamente.

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Existem 3 tipos de servidores que são utilizados pelas empresas:

Servidores Tower

Esse é o tipo de servidor mais básico do mercado. Seu custo e espaço necessário são mais ou menos próximos a um desktop comum. São unidades verticais e independentes que contém todos os componentes tradicionais de um servidor: disco rígido, placa-mãe, CPU’s, placa de rede, cabeamento e assim por diante. Existe também a possibilidade de adicionar um disco rígido ao servidor Tower (também conhecido como servidor torre) para que seja feito um armazenamento de conexão direta (direct attached storage - DAS).

Os servidores torre são ótimos para pequenos negócios que possuem um espaço limitado e precisam centralizar o processamento de dados sem uma sala própria de armazenamento. Necessitam de um monitoramento mais simples e manutenção dos recursos da rede corporativa, a fim de reduzir a suscetibilidade à invasões e ataques por meio de uma localização central.

Muitos especialistas recomendam o servidor Tower como o primeiro servidor para uma empresa que está iniciando suas operações. Isso porque o departamento de TI também pode adaptar o número de discos rígidos e processadores do servidor. Por exemplo, empresas com menos de 25 colaboradores necessitam de um servidor com 1 processador e 2 ou 4 discos rígidos, enquanto uma empresa com um número maior que esse precisará de mais processadores e discos rígidos dentro do servidor.

Essa flexibilidade é uma das grandes vantagens desse tipo de servidor. Além disso, os servidores torre costumam produzir menos ruído, pois não necessitam de muitos coolers para resfriar suas atividades.

Servidores Rack

O servidor em Rack é um modelo que possui slots de expansão, conhecidos como slots de mezanino, para adicionar cartões de interface de rede, por exemplo. Essa configuração usa o espaço de maneira eficiente e oferece gerenciamento de cabos e servidores centralizados. Além disso, a configuração de um servidor Rack aumenta a escalabilidade da infraestrutura, pois possibilita a adição de novos servidores quando necessário e conecta todos eles a um armazenamento externo, como por exemplo, um centro de armazenamento anexado à rede (NAS) ou uma rede de área de armazenamento (SAN).

É importante observar que servidores Rack são limitados com relação ao número de novos drives e memórias instaladas. Eles geralmente são mais flexíveis que servidores Blade, pois possuem uma integração menos apertada. Eles são ideais para serem usados em Data Centers com armazenamento externo, pois oferecem um poder de computação máximo com design inteligente, em relação ao aproveitamento de espaço.

Outro ponto importante é que esses servidores operam muito próximos uns dos outros, por isso requerem mais resfriamento do que servidores Tower. As ventoinhas podem fazer bastante ruído e a empresa também precisará de um sistema de controle climático para manter o Rack na temperatura ideal. Por isso, boa parte das empresas isola os servidores Rack em uma sala dedicada. Há também uma maior dificuldade para manter esse tipo de servidor, porque ele precisa ser retirado fisicamente do Rack para manutenção.

Esse tipo de servidor é ideal para empresas que querem maximizar o espaço em um Data Center centralizado, que precisam de flexibilidade para misturar e combinar aplicações e cargas de trabalho, e também para aquelas que precisam de grande armazenamento interno dedicado aos servidores. Indicados para pequenos negócios que possuem um departamento de TI com bom conhecimento em servidores ou uma companhia de tamanho médio, que necessita de mais servidores.

Servidores Blade

Esses servidores são feitos em forma de pequenas caixas e são desenhados em módulos, o que permite ajustar mais servidores em um espaço menor. Um gabinete Blade é composto de servidores Blade, equipamento de armazenamento de dados, componentes de energia, arrefecimento e ventilação, rede, e outros. Todos controlados por um sistema de gerenciamento integrado.

A principal diferença entre um servidor Rack e um servidor Blade é que diversos servidores Blade podem operar dentro de um chassi. Dessa forma, adicionar um servidor novo é tão simples como adicionar uma nova lâmina ao chassi ou gabinete. É possível também adicionar outros componentes de rede, como switches ethernet, firewalls e balanceadores de carga dentro do mesmo gabinete do servidor.

A infraestrutura Blade geralmente requer menos espaço de rack do que os servidores Rack. Eles usam menos energia por servidor, porque compartilham energia e arrefecimento, o que diminui o calor e os gastos com resfriamento dos servidores. O cabeamento é feito de forma única pelo chassi, que por sua vez fornece toda a energia, arrefecimento, entradas e saídas e a conectividade para todos os dispositivos do gabinete, não sendo necessária a instalação de novos cabos quando um componente é adicionado. Alguns gabinetes Blade são capazes de aumentar o número de servidores de uma empresa em mais de 60%. Por isso, eles são ideais para empresas com um número maior de colaboradores e que utilizam mais capacidade de processamento ou de armazenamento de dados, pois eles oferecem um poder maior de computação a partir de uma otimização do espaço, energia e do sistema de arrefecimento.

A Cloud Computing como alternativa

Utilizar a Computação em Nuvem para gerenciar e armazenar os arquivos da empresa é uma boa opção e possui uma série de benefícios. Para quem está começando, a tecnologia não envolve um alto investimento e, teoricamente, será necessário uma equipe de TI menor para gerenciar o servidor, o que condiz com as necessidades e disponibilidades de pequenos e médios negócios. A empresa também não precisará se preocupar com equipamentos ou softwares desatualizados ou obsoletos.

A estabilidade e confiabilidade do fornecedor que a sua empresa escolher é o mais importante. O fornecedor deve ser estável, pois uma crise ou até mesmo a falência deste fornecedor irá trazer sérios problemas para a sua companhia, como por exemplo perder temporariamente o acesso a todos os dados da sua empresa. Se o seu servidor for baseado em Cloud Computing e os colaboradores não estiverem conectados à Internet, todas as aplicações e dados serão desligados, o que significa que eles não poderão compartilhar arquivos e trabalhar por um determinado período, o que diminuirá a produtividade de seus colaboradores.

Armazenar dados em equipamentos de fornecedores deixa você sem o poder de gerenciá-los, o que também cria preocupações com relação à segurança e privacidade dos dados corporativos. E, apesar da economia prévia feita pela terceirização dos serviços (contratação da uma equipe de TI, manutenção contínua, investimento em novos equipamentos), vale lembrar que esses gastos podem existir indiretamente a longo prazo, nos custos de cada parcela cobrada pelo seu fornecedor.

Por isso, é importante estar bem informado sobre os serviços necessários e fazer uma cotação detalhada dos preços de serviços com diversos fornecedores, para não ter problemas com seus servidores e armazenamento em Nuvem.

A Virtualização como alternativa

Apesar da pequena adoção da tecnologia nas empresas ao redor do mundo, ela pode trazer diversos benefícios, pois permite que as companhias façam um uso mais eficiente dos recursos de TI. A virtualização possibilita que um servidor trabalhe como se fosse um grupo de servidores, cada um deles com seu próprio sistema operacional e uma série de aplicações exclusivas. Uma máquina virtual é um software, ainda que tenha todos os componentes de uma máquina física. Ela possui uma placa-mãe, uma CPU, um disco rígido, um controlador de rede e assim por diante. O sistema operacional e outras aplicações rodam da mesma forma em uma máquina virtual ou em uma máquina física.

Outro detalhe importante, é que na virtualização, um programa conhecido como hypervisor coloca uma camada de abstração entre o sistema operacional e o hardware. Isso significa que o hypervisor pode operar múltiplas máquinas virtuais com o mesmo sistema operacional, ou diferentes sistemas operacionais no mesmo servidor físico.

Mas como a virtualização torna mais eficiente o uso dos recursos de TI?

Servidores são criados com o intuito de acomodar cargas de uso médias ou muito altas, por isso eles são subutilizados na maior parte do tempo. De acordo com especialistas, os servidores comuns de pequenas e médias empresas utilizam apenas de 5 a 15% de todos os recursos. Rodar diversas máquinas virtuais em um único servidor físico utiliza esses recursos de forma mais eficiente, impulsionando a utilização para algo entre 60 e 80%. Ao invés de operar um servidor físico para o e-mail, um para o gerenciamento de base de dados, um para a rede interna e outro para o CRM, é possível operar todas essas aplicações em diversas máquinas virtuais rodando em um único hardware físico.

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Isso mostra que a virtualização é uma opção para eliminar a necessidade de servidores físicos adicionais e a sobrecarga do departamento de TI com relação à energia, resfriamento, backup de dados, espaço físico e outros requisitos. E o mais interessante é que é possível implementar um novo servidor virtual em poucos minutos.

 

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