Entenda porque a SDN e a NFV foram inseridas no mercado como novos diferenciais para usuários de redes móveis.
As abordagens modernas para a segurança de redes têm destacado, como princípio fundamental a ser seguido, a necessidade de proteger o perímetro da rede contra ataques externos, ao mesmo tempo em que estabelece uma segurança contra ataques internos. Ainda que seja a que apresenta maiores riscos, a segurança externa acaba sendo ineficiente frente a sofisticação dos ataques da atualidade se não estiver acompanhada de um fortalecimento da proteção contra ataques internos.
As redes de provedores de serviços, por sua vez, não tem conseguido acompanhar a evolução das ameaças, se encontrando, a cada dia, mais vulneráveis, principalmente aos ataques internos, que infectam os elementos da própria rede.
O cibercrime demonstra que, com o passar do tempo, seus recursos se expandem, tornando os ataques mais sofisticados para evitar que sejam detectados, causando grande impacto quando tem sucesso em roubos ou exposição pública de informações, que podem resultar na paralisação dos recursos da rede como um todo.
Como forma de prevenção e proteção contra essas duas frentes de ataques, tecnologias focadas no data center têm sido desenvolvidas, com destaque para as Redes Definidas por Software (SDN) e para as Funções de Rede na Virtualização (NFV), que têm como principal objetivo otimizar as performances e reduzir custos empresariais, permitindo a adoção de estratégias de melhor desenvolvimento dos centros de dados corporativos.
É possível que as duas aplicações ofereçam uma melhora na performance em decorrência da combinação de seus objetivos individuais: a SDN focada em aumentar a agilidade e flexibilidade da rede, e a NFV buscando acelerar a implantação de novos serviços, visando o crescimento de receita.
Enquanto as ameaças e ataques internos e externos às redes crescem, e a medida que aumentam, também, as preocupações com a segurança das redes de maneira geral, surge um elemento que acaba exigindo uma atenção mais focada: as redes móveis.
As redes móveis existentes se multiplicam a cada dia e se tornam mais congestionadas, intensificando os riscos. Esse crescente volume de redes cria uma concorrência acirrada entre operadoras, aumentando a necessidade de investimentos em uma política de detecção e execução de segurança centralizada que garanta a qualidade da inteligência na nuvem.
As operadoras móveis, responsáveis, também, por redes tradicionais de conexão, têm verticalizado seus negócios cada vez mais, respondendo à crescente exigência de sofisticação e garantia da privacidade, colocando a segurança de dados como um indicador de qualidade do serviço, garantindo o sucesso do negócio.
Desenvolvimento da segurança em redes móveis
Os serviços de comunicação móvel, ao longo da história do desenvolvimento de tecnologias de segurança, apresentaram três grandes marcos:
Final dos anos 1990: adoção de firewalls de interfaces com capacidade na casa dos Gbps, a partir do desenvolvimento do GPRS e do CDMA 2000;
1991: a introdução da encriptação fim a fim, permitindo a atual difusão maciça de serviços GSM, 3G e 4G;
2010: o início do novo Security Gateway 3GPP, que vem com a LTE 4G.
Com a atual inserção e crescimento de interfaces mais abertas direcionadas pela SDN e pela NFV, já consideradas como o quarto marco da segurança em redes móveis, vemos a formulação centralizada da política de segurança e sua aplicação distribuída, permitindo o desenvolvimento de uma arquitetura de proteção mais robusta e automatizada, que também distribui a detecção de ameaças.
A própria ideia de como ocorre a distribuição das funções de rede se altera com a introdução da SDN e da NFV nos provedores de serviços de comunicações, deixa-se de pensar em distribuir hardware e software integrados de EPC para iniciar uma distribuição quase completamente composta de EPCs virtuais, produtos que podem ser colocados em quaisquer locais da rede.
Apesar de todos os avanços propostos pela SDN e pela NFV em redes móveis, uma verdade continua: ainda que se reconheça a necessidade de buscar maior segurança, o foco ainda se mantém em ampliar os locais e a capacidade das redes, buscando novas formas para rentabilizá-las.
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