O universo da IoT ainda é inexplorado e oportunidades de carreira surgirão para os profissionais de TI.
A presença cada vez maior de dispositivos da vida cotidiana conectados à Internet já sinaliza uma nova necessidade: a demanda por profissionais que possam impulsionar as estratégias de Internet das Coisas nas empresas e fomentar novas funcionalidades nesse cenário.
Um levantamento da Upwork, site de recrutamento, identificou que enquanto as empresas em todo o mundo se organizam para disponibilizar ofertas em torno do conceito, acabem deixando em segundo plano os processos de identificação de talentos que serão capazes de tornar esses planos em realidade.
De acordo com a consultoria Gartner, a IoT envolve uma grande variedade de novas tecnologias, e os empregos relacionados ao conceito ainda não estão totalmente claros. Para se ter uma ideia desse cenário ainda em desenvolvimento, o Gartner aponta que cerca de 29% das organizações já estudam a IoT de alguma maneira, 14% pretende fazer isso no prazo de um ano e 64% entrará nesse mercado, eventualmente ou não, muito em breve. Isso significa que as equipes de TI vão precisar entender aspectos hoje restritos aos profissionais que lidam apenas com o ambiente de tecnologia operacional. Nesse sentido, um estudo da Technalysis Research mostra que 44% dos profissionais acionados para atuarem em projetos de IoT são oriundos do departamento de tecnologia.
Para impulsionar suas estratégias em Internet of Things, especialistas apontam algumas habilidades que os profissionais dessa área deverão ter.
São elas:
1- Design de circuito
Os dispositivos conectados exigem compreensão e habilidade para integrar componentes eletrônicos a sistemas novos. Um exemplo prático dessa habilidade são as aplicações que utilizam baterias de longa duração. Elas podem demandar um desenho específico das placas e circuitos para otimizar o consumo de energia, ou ter múltiplos sensores em uma única placa.
2- Programação de microcontroladores
O ambiente de IoT é formado por uma infinidade de pequenos aparelhos interconectados. Muitos deles, por sua vez, necessitam de, no mínimo, um microcontrolador para adicionar inteligência ao dispositivo. Esse fato é o que o permite executar tarefas de processamento. São muitos microcontroladores de baixo custo, baixo consumo e com chips embarcados que possuem programação e memória construídas no sistema. Nesse cenário, são utilizadas algumas linguagens específicas, como Arduino, para construção de sensores e projetos de automação.
3- Domínio do AutoCAD
Saber explorar todas as possibilidades desse software de design para projetos de engenharia vai ser um requisito bastante importante para o profissional que queira se destacar em IoT, uma vez que os tipos de produtos conectados necessitam de uma grande quantidade de ajustes e padronizações. Além disso, o processo de desenvolvimento de novos produtos precisará acomodar essas mudanças de maneira rápida e eficiente.
4- Machine learning
O conceito de aprendizado de máquina, com algoritmos específicos, irá possibilitar a criação de equipamentos e aplicações mais inteligentes. Serão utilizados, para tanto, sensores de dados e outros aparelhos conectados e o Machine learning entra nesse cenário para colaborar na identificação de padrões e insights. Essa é uma habilidade bastante específica, uma vez que, para atuar com Machine learning, as empresas precisam de especialistas capazes de adicionar inteligência à análise de dados.
5- Segurança de infraestrutura
Há, com razão, um temor causado pelo aumento da exposição de dados corporativos e a IoT adiciona a esse ambiente o elemento de controle de equipamentos. Para evitar ou minimizar transtornos de grandes proporções nesse cenário, profissionais especialistas em questões relativas à segurança de infraestrutura tendem a ser bastante valorizados.
6- Big Data
A IoT ampliará consideravelmente o número de dados que podem ser analisados. E as organizações precisarão recorrer a cientistas de dados e engenheiros hábeis em criar sistemas de coleta, análise e organização de informações coletadas em distintas fontes.
7- Engenharia Elétrica
A criação da próxima geração de dispositivos conectados exigirá habilidades tanto em software quanto em engenharia elétrica. Dessa forma, engenheiros eletricistas serão contratados para ajudar a desenvolver dispositivos que carreguem aplicações móveis bem como criar soluções de radiofrequência e/ou micro ondas para sistemas de comunicação, entre outras funções.
8- Arquitetura de Segurança
Privacidade e vazamento de dados são duas preocupações constantes quando falamos em dispositivos inteligentes. Para minimizar os riscos em potencial, as empresas têm buscado profissionais capazes de arquitetar soluções que possam ser embarcadas no sistema.
9- Node.js
O ambiente open source já é bastante popular em rotinas de gestão de aparelhos conectados com Arduino e Raspberry PI e, aos poucos, se convertem em uma opção aos desenvolvedores que desejam se aventurar na construção de aplicações para IoT.
10- GPS
Por fim, os sistemas de geoposicionamento ganham destaque com a Internet das Coisas, sobretudo com o advento de tecnologias vestíveis, veículos inteligentes e projetos impulsionados em companhias de logística.
Dentro desse cenário uma coisa é clara: uma série de novas funções surgem a cada dia nesse ambiente, e a área de Internet das Coisas não trará resultado às empresas se elas não tiverem profissionais que entendam tanto a necessidade de apostar no conceito quanto em traduzi-los para a realidade prática.
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