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A 5ª Revolução Industrial já começou?

De acordo com especialistas a nova era será definida pela integração entre homem e máquina.

Se a 1ª Revolução Industrial se definiu a partir da utilização de teares mecânicos movidos à água ou vapor no final do século 18 e a 2ª Revolução aconteceu quase 100 anos depois com a introdução da produção em massa com a ajuda da energia elétrica, a 3ª Revolução Industrial foi contada a partir do momento em que a TI e computadores começaram a ser empregados no processo produtivo, no início da década de 1970.

Agora, em um novo momento, já chamado de 4ª Revolução Industrial, os protagonistas são sensores, IoT, Big Data, automação, Inteligência Artificial, Machine Learning, Analytics e outras ferramentas tecnológicas que permitem, cada dia mais, que as máquinas interfiram e melhorem os processos produtivos.

A velocidade das mudanças está tão rápida que o intervalo entre uma revolução e outra está cada vez mais curto. O mercado já começa a falar sobre 5ª Revolução Industrial, que se refere à forma como os seres humanos vão se adaptar, utilizar e extrapolar suas ações com o uso das tecnologias que estão sendo desenvolvidas na 4ª Revolução.

Inteligência Artificial e todas as possibilidades que oferece será uma das tecnologias disruptivas para o novo cenário. Mesmo que muitos países ainda engatinham no uso de inovações primárias, que já estão no mercado há anos, especialistas acreditam que grandes corporações mundiais já estão um passo à frente, buscando novas soluções para o futuro.

Outra tecnologia que fará total diferença na 5ª Revolução Industrial é a criptomoeda, que vai transformar a relação financeira mundial, uma vez que não existe um banco central para regulamentar ou um país para liderar. É uma moeda que se auto ajusta de acordo com os movimentos dos próprios mercados.

Em pouco tempo, se viu surgir no mercado casas de câmbio especializadas em trocar as moedas virtuais, assim como empresas tradicionais que passaram a aceitar a criptomoeda como pagamento de produtos e serviços.

A nova forma de pagamento ganhou mais espaço nos telejornais e mídias não só especializadas, mas também focadas em economia, finanças e política.

Apesar da sua volatilidade e das grandes especulações a seu redor, as criptomoedas se valorizaram absurdamente e têm tendência de se estabilizarem até 2020. Em 2017, Bitcoin, por exemplo – a moeda virtual mais conhecida do mercado -, se valorizou 1.300%. Muito atrás, porém da Ripple 36.018% e da NEM, 29.842%.

Em 2009, 1 bitcoin valia R$ 0,001. Hoje, no começo de fevereiro de 2019, o câmbio tem girado em torno de R$ 13.000,00.

O fator humano na 5ª Revolução Industrial

Diminuição de postos de trabalho é uma realidade comum entre uma revolução e outra, impactando significativamente questões sociais, especialmente por falta de qualificação dos profissionais, gerando desemprego em todos os níveis e diminuindo a renda per capita.

Alguns cargos realmente serão automatizados e vão desaparecer, porém, outros serão criados e necessitarão do trabalho dos humanos. De acordo com especialistas, a mão de obra humana deverá ganhar mais especialização para saber trabalhar em conjunto com as máquinas inteligentes e ganhará nova relevância no mercado de trabalho.

Profissionais devem acompanhar o desenvolvimento tecnológico

A integração entre homem e máquina será sempre uma exigência e uma relação de dependência e, por isso, os profissionais que conseguirem acompanhar os desenvolvimentos tecnológicos e tiverem facilidade de atuarem em consonância com os robôs, terão mais chances de se manterem no mercado.

De acordo com o Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum), até 2020, cerca de 35% das habilidades que estão entre as mais exigidas atualmente deverão mudar para a maioria das profissões. A pesquisa sinaliza quais serão as capacidades mais consideradas nesses próximos anos no momento de uma contratação, além do conhecimento técnico e experiência do candidato para a vaga:

  • Resolução de problemas complexos;
  • Pensamento crítico;
  • Criatividade;
  • Gestão de pessoas;
  • Capacidade de coordenar as próprias ações a partir das ações dos outros;
  • Inteligência emocional;
  • Capacidade de julgamento e tomada de decisões;
  • Orientação para servir;
  • Saber negociar;
  • Flexibilidade cognitiva.

A educação e o desenvolvimento de habilidades pessoais se tornam elementos fundamentais para que que os profissionais não sejam substituídos por processos de automatização.

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