O processo para passar um servidor para o virtual exige atenção em cada etapa.
Adquirir um servidor físico adequado para as necessidades da empresa, instalar um sistema operacional para criar as Máquinas Virtuais, configurar cada uma das VMs, contratar serviço de armazenamento e segurança são alguns dos processos da virtualização de Data Centers que podem ser um desafio para as empresas. Porém, são passos essenciais e que precisam ser bem planejados e executados.
Veja a seguir como resolvê-los:
1. A escolha do hardware: o primeiro passo da ação é ter um hardware adequado. Não compre um servidor físico levando em consideração apenas o preço. Pesquise, se informe, se for possível, peça para fazer testes, converse com outras empresas que já tem seus servidores virtualizados. Faça um levantamento dos recursos físicos que serão necessários para dar suporte a cargas de trabalho virtuais.
2. Reveja a performance dos aplicativos: mesmo com a virtualização disseminada, muitos aplicativos ainda não foram ajustados para ambientes virtuais. Se o desempenho estiver abaixo da média, procure novas opções.
3. De olho na segurança: muitas empresas ao iniciarem pesquisas sobre a virtualização, têm como uma das principais preocupações a segurança de seus dados. Esta questão é pertinente, uma vez que o ambiente virtual, apesar de ter as mesmas configurações de segurança de um servidor físico, é mais complexo, exigindo atenção da equipe. São necessárias varreduras de vulnerabilidades constantes, buscando antecipar falhas na rede, pesquisar por tendências de ataques e ver se a rede está preparada para combatê-las. Documentar as ações de segurança que são feitas para ter um histórico de adequações também é indicado.
4. Interoperabilidade de produtos: como são muitos os fornecedores de produtos e serviços, seria interessante adquirir os que tem padrão de mercado e que podem ser conectados uns aos outros. Desta forma, é possível evitar que a empresa fique dependente de apenas um fornecedor, sem poder trocar peças de conexões e fazer upgrades no sistema.
5. Provisione a quantidade de máquinas virtuais: quanto mais VMs abertas, mais complexo se torna a manutenção da rede, por isso, é importante saber exatamente a capacidade que a empresa necessita para não ter máquinas acima ou abaixo do necessário. Planeje o ciclo de vida da VM, recuperando espaços que não estão sendo mais usados para um remanejamento.
6. De olho no armazenamento: as VMs são armazenadas no Storage Area Network (SAN), que pode ganhar mais espaço em disco, dependendo da quantidade de máquinas virtuais criadas e da necessidade de crescer o ambiente de TI em uma empresa. Na hora de contratar esta área a empresa deve considerar a carga de trabalho que o ambiente virtual vai impor para que não haja hiperdimensionamento e ter um custo mais elevado do que necessário.
7. Questione sobre o suporte: ao contratar seus fornecedores, tenha a certeza de que as normas e garantias estão claras. Questione os canais de comunicação que sua empresa terá em caso de necessidade, o tempo de resposta, se o atendimento funciona 24 horas e tenha em mãos os contatos de seus fornecedores, que por algum motivo podem precisar ser acessados a qualquer momento.
8. Licenças em dia: antigamente toda máquina virtual precisava de uma licença, mas hoje o licenciamento é feito pela máquina física. A versão Standard do Windows Server, por exemplo, dá direito de utilizar uma VM licenciada, desde que a máquina física não tenha outra função que não seja a virtualização. Já a versão Enterprise permite 4 VMs licenciadas. Se são 5 máquinas, pode ser adquirida uma licença Enterprise e mais uma Standard. Considere esses investimentos no momento de provisionar a quantidade de máquinas a serem criadas.
Existem ainda outros detalhes que poderão se tornar dúvidas durante o processo de virtualização, por isso, não deixe de questionar seus fornecedores e discutir em conjunto soluções que possam ser mais adequadas para o perfil da sua empresa.
Escreva seu comentário