Estudo divide as empresas em dois grupos, chamados líderes e retardatários; nos próximos anos haverá espaço para apenas um deles.
Apesar da variedade de recursos tecnológicos atuais, tudo indica que o setor continuará se desenvolvendo e já existem pesquisas que indicam as evoluções que devem transformar o futuro da TI conforme a conhecemos. E como já esperado, toda essa evolução pode impactar a forma como os negócios se desenrolam em seu dia a dia.
Um estudo do IDC indica que haverá dois grupos de empresas na conjuntura de transformação digital, são eles os líderes e retardatários.
No primeiro grupo, estarão os empreendimentos que acompanharem as alterações do mercado e remodelarem as atividades para o cenário atual. Já os empresários que ficarem na esteira dos demais foram rotulados como “digitalmente angustiados”, já que seguirão sem estratégias para serem competitivos diante da atual conjuntura.
O relatório ainda apresenta 10 projeções para o futuro, que deverão se concretizar em um prazo de cinco anos. Para chegar às conclusões, foram ouvidos 3.000 empresários de diversos países.
1 - Investimentos continuarão crescendo: no que depender das estimativas, o investimento em TI seguirá crescendo, o que pode ser favorável para que profecias se tornem realidade. Outra pesquisa levantou que, em valores absolutos, empresas de todo o mundo devem investir US$ 3,7 trilhões no segmento.
Apesar de o estudo indicar as principais expectativas para os próximos cinco anos, 60% delas são esperadas até 2020. Assim, o período pode ser determinante para as empresas se adequarem a esse futuro tão próximo.
2- Empresas líderes serão maioria: uma das previsões é bastante otimista com relação ao número de empresas que irão compor o grupo de líderes, ou seja, organizações consideradas digitalmente determinadas. Elas corresponderão a, no mínimo, 55% dos negócios no mercado.
3 – Aumenta a importância do cliente: também dentro do mesmo prazo, a importância do cliente para a saúde do empreendimento deve crescer e ser fundamental para a permanência no ambiente corporativo.
4 – Gestão dos negócios mais competitiva: o gerenciamento da empresa também será um novo desafio, uma vez que espera-se que em cerca de dois anos, 80% dos empreendimentos apresentem novas fórmulas para melhorar a competitividade, criar novos meios de captar receitas e desenvolver as funções da empresa por meio de recursos de gerenciamento de dados e monetização.
5 – Vagas de trabalho serão substituídas: além disso, nesse intervalo de tempo, para 30% das empresas do grupo denominado G2000 – grupo das 2000 maiores empresas listadas pela revista Forbes - será possível enxugar o quadro de certos tipos de funções em aproximadamente um terço. Tudo isso por conta de sistemas avançados para a gestão dos processos operacionais.
6 – Grandes empresas devem investir 10% de seu capital global em TI: IDC acredita que o grupo G2000 são líderes agressivos da Transformação Digital e serão eles os responsáveis por apresentarem as inovações e começarem as disrupturas dos mercados em que atuam.
7 – Intensificação do uso de blockchain: com ela, será possível para as indústrias expandir as plataformas digitais e reduzir os custos de transações em algo em torno de 35%.
Num percentual pouco menor, de 30%, o blockchain irá permitir que fabricantes e varejistas dos mais diversos lugares do mundo criem cadeias de fornecimento colaborativas, além de disponibilizar aos clientes o histórico de produtos, de forma que a credibilidade e confiança dos negócios sejam ampliadas.
8 – Declínio dos postos de CDO: até 2022, a carreira de CDO (Chief Digital Officer) estará em declínio, já que a tecnologia estará completamente incorporada às atividades da empresa. Espera-se que mais de 60% dos CEOs terão passado parte do seu tempo liderando iniciativas digitais.
9 – Mudanças no recrutamento: fechando as previsões até 2023, a pesquisa aponta uma importante mudança na maneira como as empresas recrutam e na forma como operam.
A responsável por essa evolução será a Inteligência Artificial (AI). Cerca de 35% dos profissionais irão desenvolver as atividades com a ajuda de bots, entre outros. Tal mudança deve exigir alteração ainda das métricas de desempenho desenvolvidas no negócio.
10 – Incorporação de novos conjuntos de KPI: ainda mais expressivo é o número referente às entidades que irão incorporar novos indicadores (KPIs), com foco nas taxas de inovação de produtos e serviços e na capitalização de dados, será algo em torno de 95%.
Às empresas cabe começarem a se adaptar às mutações do mercado, que podem alterar ainda a maneira como desenvolvem os seus modelos de negócios. A maior certeza em torno da tecnologia é que ela vai continuar influenciando fortemente a sociedade.
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